Rússia corta fornecimento de petróleo do oleoduto polaco de Druzhba

Jakub Szymczuk / EPA

A petrolífera polaca Orlen informou este sábado que não está a receber petróleo russo através do oleoduto estratégico de Druzhba, a via principal de importação de Orlen, depois da suspensão, no ano passado, das importações de petróleo por mar.

“O abastecimento através do oleoduto de Druzhba para a Polónia foi interrompido a partir do lado russo”, escreveu a petrolífera polaca num comunicado de imprensa enviado à AFP.

A suspensão surgiu um dia depois de a União Europeia (UE) ter aprovado um novo conjunto de sanções destinadas a atingir a economia russa e as empresas iranianas acusadas de apoiar a sua invasão da Ucrânia, que começou há um ano.

Num comunicado de imprensa, a Orlen assumiu estar “totalmente preparada” para esta situação e sublinhou que os envios para as refinarias estão garantidos pelo petróleo que chega pelo mar, pelo que não afetará o serviço que presta aos seus clientes polacos, segundo noticiou a televisão polaca TVN24.

Os fornecimentos russos correspondem aproximadamente a 10% do total de petróleo que a Orlen processa, desde o início de fevereiro deste ano, segundo destacou a própria petrolífera polaca, que lembrou que, em 2015, a Rússia contribuía praticamente com 100% do abastecimento.

Como o ZAP noticiou recentemente, a crise energética da Europa está a levar os cidadãos polacos a queimar lixo e a Roménia a limitar o preço da lenha.

“Estamos a ver uma queda significativa na recolha de lixo, especialmente quando se trata de materiais que, pelo menos em teoria, poderiam ser adequados para queimar, tais como papel, cartão e embalagens”, disse na altura o presidente da câmara de uma das cidades aos meios de comunicação polacos.

O governo romeno havia estabelecido um preço máximo para a lenha – cerca de 80 euros por metro cúbico. O país já havia fixado preços máximos para o gás e para a energia, de forma a aliviar o surto que se seguiu à invasão russa da Ucrânia. No país, a lenha é uma alternativa de baixo custo para combater o frio.

Relatórios anteriores apontavam para um aumento da procura de lenha noutros países da Europa, assim como um crescimento nos roubos desse material. Fontes citadas pelo Washington Post disseram ao jornal que “a lenha é o novo ouro”.

ZAP // Lusa

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