(dr) Xinhua
A estação espacial chinesa Tiangong-1
A Roscosmos quer enviar cosmonautas para a estação espacial chinesa Tiangong-3, através de lançamentos feitos a partir da Rússia ou da Guiana Francesa.
Este mês, no Global Space Exploration Conference (GLEX), em São Petersburgo, Rússia, Dmitry Rogozin, diretor geral da Roscosmos, revelou que a Rússia está em discussões com a China para levar cosmonautas para a estação espacial chinesa Tiangong-3.
O responsável explicou que, além de ter uma inclinação orbital diferente da da Estação Espacial Internacional (EEI), a Tiangong-3 é acessível pelo Cosmódromo de Vostochny, na Rússia, e do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
Segundo o Space, o país está também a estudar a possibilidade de atualizar a base de Kourou para poder lançar missões tripuladas.
No entanto, levar cosmonautas para a estação espacial chinesa será um verdadeiro desafio, uma vez que os cosmódromos da Rússia estão localizados em latitudes mais altas do que aquelas que as naves Soyuz precisariam para alcançar a estação.
Além disso, teriam de realizar manobras para ficar na inclinação certa – e isso tem um custo em termos de combustível.
Uma possibilidade seria lançar uma nave Soyuz a partir do centro de lançamentos da Agência Espacial Europeia (ESA) em Kourou, na Guiana Francesa, mas, mesmo assim, seria preciso fazer algumas mudanças na estrutura da base para os lançamentos tripulados, já que os lançamentos russos costumam levar apenas satélites para a órbita.
É óbvio que a China também poderia realizar lançamentos de parceiros internacionais na cidade de Jiuquan. Contudo, para os estrangeiros participarem nas missões chinesas, seria necessário realizar um longo período de treino conjunto e de aprendizagem de idiomas.
