Rússia acusa EUA de não forneceram aos sírios “nem uma migalha de pão”

Zouhir Al Shimale / EPA

Bombardeamento em Aleppo, Síria

Bombardeamento em Aleppo, Síria

O porta-voz do Ministério da Defesa russo acusou hoje os EUA de não fornecerem aos sírios “nem uma migalha de pão”, enquanto as tropas russas já transportaram para aquele país árabe mais de 100 toneladas de ajuda humanitária.

“Durante toda a operação de luta contra o terrorismo na Síria demos especial atenção à reconciliação entre os lados e à concessão de ajuda humanitária aos sírios”, afirmou Ígor Konashenkov.

“Já o Departamento de Estado dos EUA – acrescentou – não entregou aos sírios que tanto o parecem preocupar nem uma única migalha de pão”.

O general russo salientou que, nos últimos meses, as tropas russas forneceram aos civis sírios mais de 100 toneladas de alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade.

“E receberam isto todos os habitantes de Alepo, sem diferenças entre a parte oriental ou ocidental”, precisou.

Konashenkov reagia assim às críticas do Departamento de Estado norte-americano, que pôs em causa a utilidade das tréguas para fins humanitários declaradas pela Rússia, a última das quais ocorreu no sábado e na sequência da qual Moscovo acusou os ‘jihadistas’ de ferirem dois militares russos e dois sírios ao atacarem com armamento pesado os corredores humanitários criados pelo exército russo.

Na semana passada o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou a petição do exército para retomar os bombardeamentos contra as posições ‘jihadistas’, mas advertiu que, “em caso de extrema necessidade”, a Rússia “reserva-se o direito de utilizar toda a força e todos os recursos ao seu alcance para ajudar o exército sírio”.

A aviação russa e síria suspenderam os bombardeamentos contra Alepo a 18 de outubro, dois dias antes do início de uma primeira pausa humanitária de três dias.

Terminada essa pausa, a 22 de outubro, o exército retomou os combates, mas aviação russa não chegou a reiniciar os voos e manteve-se a uma distância de dez quilómetros da cidade.

/Lusa

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