Esta é a primeira vez, em 70 anos de mandato, que a monarca não irá presidir à cerimónia de empossamento de um chefe de governo no Palácio de Buckingham.
A rainha Isabel II dará posse ao próximo chefe de governo inglês – seja ele Rishi Sunak ou Liz Truss – na sua residência de Balmoral, na Escócia, de acordo com informações avançadas pela Casa Real britânica. O anúncio volta a colocar no centro das atenções a degradação do estado de saúde da monarca de 96 anos que, num passado recente, já tem evidenciado problemas de mobilidade – os quais a levaram a cancelar a participação em eventos públicos.
Desta forma, os dois candidatos terão que viajar mais de 1600 quilómetros para cumprir uma tradição que, a ser seguida, deverá levar Boris Johnson a apresentar a demissão na terça-feira e o seu sucessor a ser indigitado no mesmo dia. Regra geral, o procedimento ocorre no Palácio de Buckingham, no bairro londrino de Westminster, nas imediações do Parlamento e da residência oficial do primeiro-ministro, em Downing Street.
Tal como lembra o Expresso, a nomeação dos primeiros-ministros é um dos principais deveres constitucionais da rainha, devendo sempre ocorrer pessoalmente. Ainda assim, num passado recente, a monarca tem optado por conduzir muitas das suas obrigações à distância, inicialmente por força da pandemia. Tal aconteceu com embaixadores, mas também com conselheiros de Estado. Já este ano, Isabel II encarregou o príncipe Carlos de presidir à abertura da sessão legislativa.
De acordo com a imprensa britânica, a rainha tem recebido em Balmoral a visita de Carlos, precisamente, o seu sucessor.
