Os nossos rostos espelham emoções mais diversas do que inicialmente se pensava

SXC

Um novo estudo pode também ser útil no desenvolvimento de robôs e inteligência artificial que interaja socialmente.

Os nossos rostos, que por estes dias andam tapados com máscaras, são o espelho das nossas emoções. Uma nova investigação da Universidade de Glasgow tentou perceber realmente quão versáteis são os nossos rostos na expressão emocional.

Através de um software sofisticado e com gráficos à medida, a equipa de cientistas mostrou a 100 participantes uma variedade de rostos gerados por um computador e perguntou-lhes quais as emoções que as caras estavam a exprimir, escreve o Science Alert..

Os participantes separaram os rostos que viram em seis categorias tradicionalmente usadas para classificar as emoções — felicidade, surpresa, medo, nojo, raiva e tristeza. As caras foram também categorizadas relativamente à dimensão expressada (se era positiva ou negativa) e quão activa cada uma parecia, ou seja, se estava calma ou excitada.

Os movimentos faciais que combinavam uma categoria e uma dimensão foram então caracterizados como multiplexos — por exemplo, um nariz enrugado pode transmitir informações amplas, como a negatividade, mas também uma categoria emocional específica, como a tristeza. Dos 42 movimentos diferentes, 26 receberam essa classificação.

“Esta pesquisa responde à questão fundamental sobre como as expressões faciais cumprem a tarefa de sinalização complexa de comunicar as mensagens com emoção“, revela Rachel Jack, professora de cognição social computacional na Universidade de Glasgow.

O estudo combinou os rostos gerados por computadores com “as respostas perceptivas subjectivas humanas e ferramentas analíticas novas”.

Universidade de Glaslow

Rostos gerados por computador usados no estudo

Os investigadores esperam poder incluir exames ao cérebro em estudos futuros para poderem ter uma noção mais clara deste fenómeno.

Esta descoberta coloca em cima da mesa várias questões sobre como expressamos emoções e como as entendemos, mas pode também ser útil a nível da robótica e da realidade virtual, devido à importância da precisão dos sentimentos expressados nos rostos artificiais para os resultados.

“Estes resultados avançam a nossa compreensão de base do sistema da comunicação humana com implicações no design de inteligência artificial socialmente interactiva, incluindo robôs sociais e avatares digitais, para melhorar as suas capacidades de sinalização social“, conclui Rachel Jack.

ZAP //

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