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Rohrwerk, uma obra de arte efémera, é a maior “fábrica do som” do mundo

Uma espécie de “pavilhão do som”. Alunos da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL), na Suíça, criaram um novo instrumento musical, o maior alguma vez construído. Com 45 metros de altura, a obra de arte imponente proporciona uma autêntica experiência auditiva, arquitetónica e científica, ao estilo do movimento musical contemporâneo.

Rohrwerk é uma palavra que resulta da combinação de duas palavras alemãs: tubo (rohr) e fábrica (werk). É uma “fábrica de som, mas também um palco e uma escultura temporária dentro da qual existem instrumentos”, explicou o compositor suíço Beat Gysin, citado pelo Heraldo.

“Neste projeto, misturamos arquitetura e música. Aqui vemos uma escultura que é muito maior do que um órgão – o maior instrumento existente, que pode medir até 10 metros”. O Rohrwerk mede 45 metros de comprimento.

A obra consiste num enorme tubo central que alberga tubos mais pequenos, que descem sob a forma de uma escada em espiral. Ao lado destes, há sinos, trombones, flautas, trompetes e elementos eletrónicos.

Com esta configuração, são alcançados dois resultados muito diferentes: o primeiro é uma série de reverberações ou ecos produzidos por um altifalante colocado no fundo do tubo, que empurra o ar comprimido no interior para cima, onde há um microfone que devolve o som para baixo, produzindo um movimento incessante de marcha atrás e para a frente.

O segundo resultado é um pouco mais tradicional porque envolve músicos que, em vez de “tocarem”, produzem sons que correspondem a seis composições criadas especialmente para esta instalação musical, utilizando os instrumentos que estão suspensos no tubo gigante, que pende de uma grua na extremidade superior.

“Para os arquitetos, o tubo é uma escultura, para os compositores, é o início de um instrumento“, disse Gysin, acrescentando que colaboraram neste projeto dois arquitetos e um cenógrafo.

Os alunos da EPFL estão interessados em compreender como funciona o Rohrwerk e as regras da física por detrás do projeto. Atualmente erguida no campus da Escola Politécnica de Lausanne, a obra de arte efémera será desmantelada em breve.

ZAP //

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