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Rio Ave 0 – 2 Sporting | Leão invicto com uma garra no “caneco”

O Sporting registou o 31º jogo consecutivo sem perder na Liga NOS. Na visita ao Rio Ave, os “leões” venceram o Rio Ave por 2-0 e estão muito perto de conquistar o ceptro de campeões nacionais, pela primeira vez desde 2002 – e já garantiram presença na fase de grupos da Liga dos Campeões 2021/22.

A formação de Alvalade foi sempre superior, criou os melhores lances do encontro e marcou por Pedro Gonçalves na primeira parte, de penálti, e por Paulinho, um grande golo pouco depois da hora de jogo. Com este desfecho, Rúben Amorim tornou-se no primeiro treinador com 31 jogos seguidos sem perder na mesma edição do campeonato. Os vila-condenses, esses, continuam pouco acima da “linha de água”.

O jogo explicado em números

  • Quatro mudanças no “leão” para este jogo. António Adán regressou à baliza, no lugar de Luís Maximiano, Gonçalo Inácio rendeu Luís Neto, João Pereira substituiu Pedro Porro e João Mário foi lançado no lugar de Daniel Bragança. Quanto aos da casa, destaque apenas para a saída de Costinha e a entrada de Ivo Pinto.
  • Aos sete minutos, Sebastián Coates cabeceou e a bola embateu no ferro da baliza do Rio Ave, na sequência de um canto, aos 13, Nuno Santos rematou forte para defesa apertada de Pawel Kieszek. Do canto, foi a vez de João Palhinha cabecear ao poste. Uma entrada de rompante do “leão” que, nos primeiros 15 minutos, teve 66% da posse de bola, fez quatro remates, um enquadrado, dois aos ferros e registou sete ações com bola na área vila-condense. Do outro lado, nada a assinalar em termos ofensivos.
  • À meia-hora continuava tudo na mesma, com o Sporting em cima do seu adversário, a contabilizar seis remates, três enquadrados. Até que o árbitro assinalou penálti por braço de Ivo Pinto na bola na grande área. A decisão do VAR ainda demorou, mas Pedro Gonçalves (34′), na conversão do castigo máximo, não perdoou e chegou ao seu 18º golo na época.
  • Apesar do golo de “Pote”, era João Palhinha o MVP aos 35 minutos, com um rating de 6.0. O médio registava dois remates, um ao poste, e já havia ganho dois duelos aéreos ofensivos, não apresentando números defensivos de relevo, perante a pouca acutilância ofensiva dos da casa – o primeiro remate vila-condenses, e logo enquadrado, surgiu apenas aos 41 minutos, por Júnior Brandão.
  • Intervalo Vantagem mais do que justa do Sporting ao descanso. Quase só deu “leão” nos primeiros 45 minutos, em especial nos momentos ofensivos. Aos 55% de posse, os lisboetas juntaram dez remates, quatro enquadrados, 22 ações com bola na área contrária e expected goals (xG) que até davam mais mais do que o golo solitário, marcado por Pedro Gonçalves, de penálti. O melhor em campo nesta fase era João Palhinha, com GoalPoint Rating de 6.4, fruto de dois remates, um ao poste, quatro passes progressivos certos, quatro recuperações de posse e três duelos aéreos ofensivos ganhos (100%).
  • O Rio Ave entrou melhor no segundo tempo, devido à intensidade colocada em campo pelo recém-lançado Carlos Mané. Mas o golo surgiu do outro lado. Aos 63 minutos, Paulinho parou no peito ainda fora da área e arrancou um pontapé fantástico para um grande golo, o melhor momento da noite.
  • Aos 65 minutos, apesar da reação dos da casa, o Sporting continuava a ser dono e senhor do jogo, agora com dois golos de vantagem. A posse era menos acentuada, mas em termos globais continuava nos 52%, e no remate situava-se nos 13, e já com 30 ações com bola na área contrária. Também nos cantos a superioridade era total, com oito, apenas um para os anfitriões.
  • Olhando apenas para os números do segundo tempo, aos 75 minutos o Rio Ave tinha 58% da posse, três remates, nenhum enquadrado, o “leão” cinco disparos, um com boa direção, que deu golo. Pelo ar era (quase) tudo do Sporting em especial nos duelos defensivos, com 70% deles ganhos.
  • O Rio Ave bem tentou, mas mostrou o porquê de só ter feito dois golos nos últimos oito jogos. Equipa com capacidade para ter bola, para a circular, mas totalmente insipiente em termos ofensivos, pelo que o Sporting, melhor defesa do campeonato, não teve qualquer dificuldade para manter a sua baliza inviolada até final.

José Coelho / Lusa

Rio Ave FC vs Sporting

O melhor em campo GoalPoint

A libertação de Paulinho da pressão de marcar terá chegado? Não sabemos, mas a verdade é que o avançado do Sporting marcou um golo de bandeira, de fora da área, demonstrativo de uma técnica de remate acima da média.

O tento do ex-Braga foi o seu segundo com a camisola do “leão” e contribuiu decisivamente para ser eleito o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.2.

Paulinho fez dois remates, um enquadrado, e trabalhou muito, somando cinco acções com bola na área contrária, dois dribles completos em três tentativas, ambos no último terço, e ganhou dois de cinco duelos aéreos ofensivos.

Jogadores em foco

  • João Palhinha 7.1 – Mais um jogo imenso de Palhinha. O médio-defensivo voltou a ser preponderante, com um remate ao poste, 84% de eficácia de passe, sete recuperações de posse, quatro desarmes, três interceções e três duelos aéreos ofensivos ganhos em quatro.
  • Pedro Gonçalves 6.8 – Bom jogo de “Pote”, sempre muito ativo no seu papel de “vagabundo” na frente de ataque. Além do golo que marcou, se penálti, enquadrou dois de três remates, fez três passes para finalização e somou o máximo de ações com bola na área contrária, nada menos que sete. A ocasião flagrante falhada afeta-lhe a nota final.
  • Fábio Coentrão 6.2 – Está em boa forma o veterano lateral-esquerdo e, contra uma das suas antigas equipas, foi o melhor em campo do lado vila-condense. Coentrão fez dois passes para finalização, oito passes progressivos certos, ganhou dois de quatro duelos aéreos defensivos, recuperou oito vezes a posse e ainda fez três interceções.
  • Sebastián Coates 6.1 – Um pêndulo, como tem sido sempre. Tal como Palhinha, o central acertou uma vez no poste, ganhou dois de quatro duelos aéreos defensivos e fez quatro alívios e três desarmes.
  • Matheus Nunes 5.9 – O médio entrou na segunda parte, numa altura em que o Rio Ave ganhava superioridade no meio-campo e aproximava-se da baliza leonina com algum perigo. A verdade é que, a partir daí, os da casa continuaram com bola, mas nunca mais causaram calafrios. Matheus completou dez dos 11 passes que fez, somou quatro ações com bola na área contrária e registou seis recuperações de posse.
  • Gonçalo Inácio 5.8 – Regresso competente do jovem central, que recuperou sete vezes a posse de bola, somou três ações defensivas no meio-campo contrário e ainda três interceções.

Resumo

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