Reviravolta na Antártida: manto de gelo cresce pela primeira vez em décadas

O manto de gelo do Antártico registou a maior subida de sempre da sua massa entre 2021 e 2023. 

O manto de gelo do Antártico (MGA), monitorizado pela missão GRACE-FO, desempenha um papel importante na subida global do nível do mar.

Quatro grandes glaciares na região de Wilkes Land-Queen Mary Land, na Antártida Oriental, inverteram o seu padrão anterior de perda acelerada de massa de 2011 a 2020.

De 2002 a 2010, o MGA registou no geral uma perda de massa com uma taxa de variação de -73,79±56,27 Gt/ano, que quase duplicou para -142,06±56,12 Gt/ano no período de 2011-2020, avança a SciTechDaily. Seguiu-se um ganho de massa significativo durante o período de 2021 a 2023, que compensou a tendência decrescente registada até então.

Trata-se, assim, de um aumento recorde, segundo apontam os investigadores da Universidade de Tongji.

Os autores do estudo, publicado a 19 de março na Science China Earth Sciences. explicam que “esta perda de massa acelerada foi impulsionada principalmente por dois fatores: a redução da massa superficial (que contribuiu com 72,53%) e o aumento da descarga de gelo (27,47%)”.

Este progresso compensou a subida média global do nível do mar a uma taxa de 0,30±0,21 mm/ano.

Já as quatro principais bacias glaciares na região WL-QML, ou seja, Totten, Universidade de Moscovo, Denman e Baía de Vincennes, apresentaram uma intensificação da perda de massa com uma taxa de 47,64±8,14 Gt/ano. Se estes gigantes glaciares derretessem, fariam subir mais de 7 metros o nível médio do mar.

ZAP //

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