Como inovar ainda mais? É a pergunta a que a Apple terá de dar resposta para continuar com a sua estabilidade financeira. O relógio está a contar, e a Xiaomi não espera por ninguém.
“Penso que há mais pressão sobre a Apple do que alguma vez houve desde que a Samsung estava a conquistar quota de mercado”, comenta com a CNN o analista Patrick Moorhead.
A empresa tem enfrentado alguns desafios, apesar de as receitas globais da empresa estarem estáveis, e até terem subido 4%. Um deles é a competição feroz da China. A Xiaomi já ultrapassou a Apple nas vendas, atirando a multinacional norte-americana para segundo plano.
Mas os iPhones também pecam pela sua própria qualidade — os clientes da Apple estão a manter os mesmos telemóveis durante muitos anos, reportam os analistas, e isso faz com que haja menos vendas de novos iPhones.
Agora, a marca vai lançar um novo modelo, o iPhone 17, que deverá ser ainda mais fino (cerca de 2 milímetros). No entanto, as diferenças físicas não serão muitas face aos iPhones já existentes. A empresa norte-americana precisava de alguma inovação para introduzir nos iPhones, para convencer os clientes de que, afinal, precisam de um novo. A chave para o sucesso pode finalmente ter sido revelada. Chama-se Apple Intelligence.
Trata-se, na verdade, do novo sistema de IA da empresa. Mas tem enfrentado algumas dificuldades. Uma das principais inovações é a renovação da Siri, a assistente de voz da Apple, mas esta foi, segundo a empresa, adiada.
Atualmente, o iPhone já tem atualizações de topo, tias como a capacidade para resumir notificações, pedir apoio técnico à Siri ou personalizar emojis. Quem trocaria isso, e por o quê? É essa a pressão que enfrenta a Apple atualmente.
“Se tem um (iPhone)14, ou mesmo se tem um 15, provavelmente não há razão económica que justifique uma atualização neste momento”, refere David Vogt, analista da UBS. “E acho que essa é a pressão que a Apple sente”.
A aposta terá de estar no software, com o novo sistema de IA, acreditam os especialistas. A empresa promete que a nova Siri será capaz de realizar ações em aplicações em nome do utilizador e incorporar nas respostas dados armazenados no próprio iPhone. Tudo está em jogo para a norte-americana. E terá de se mexer, porque a China é uma forte ameaça.