A jornalista americana Amy Robach revelou ter descoberto que tinha cancro de mama e ter sido submetida a uma dupla mastectomia, um mês após ter feito um exame para detectar a doença durante uma reportagem para o programa de TV no qual trabalha.
Amy Robach fez a mamografia como parte de uma reportagem especial sobre o cancro de mama apresentada no programa Good Morning America, da rede americana ABC. Pouco depois de o programa ter sido emitido, a jornalista, que tem 40 anos, foi diagnosticada com cancro de mama.
Amy contou à BBC que estava relutante em fazer o exame, mas que Robin Roberts, apresentadora do programa, a convenceu, dizendo que a reportagem valeria a pena se ajudasse a salvar nem que fosse apenas uma vida.
“Nunca me ocorreu que essa vida seria a minha“, disse Amy Robach.
Exame adiado
Os produtores do programa tinham escolhido Amy para fazer a mamografia precisamente por ela ter 40 anos, idade recomendada nos Estados Unidos para que as mulheres comecem a fazer o exame regularmente.
Amy decidiu aceitar a sugestão dos produtores porque tinha estado a adiar durante meses ir ao laboratório fazer a mamografia, por causa do trabalho e da rotina com os dois filhos.
“Achava que, se eu estava nesta situação, outras mulheres podiam estar a adiar os seus exames também.”
Luta
No programa, exibido no dia da consciencialização sobre o cancro da mama, Amy comenta o exame que acabara de fazer, dizendo que tinha doído muito menos do que esperava.
Amy achava que a sua experiência tinha acabado ali, mas poucas semanas depois foi chamada para fazer mais exames e os médicos confirmaram que a repórter tinha cancro.
“Estamos a preparar-nos para a luta, que está só a começar“, disse a jornalista, que teve os dois seios removidos e fez uma cirurgia plástica de reconstrução.
Segundo os médicos que assistiram Amy, o exame feito durante o programa salvou a vida da jornalista.
“Espero que a minha história inspire as mulheres para que façam a mamografia e o auto-exame”, diz Amy Robach. “Nada de desculpas. É a diferença entre a vida e a morte.”
ZAP / BBC