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Rendas de 493 euros passaram a custar 733 euros (em apenas cinco anos)

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Em média as rendas em Portugal subiram 240 euros em cinco anos. E vão aumentar ainda mais…

Não é surpresa mas os números são reveladores do que está a acontecer no mercado imobiliário em Portugal, nos últimos anos.

Comprar casa está (muito) mais caro e também arrendar casa está muito mais caro.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, destacados no Jornal de Notícias, mostram que em média uma renda custava 733 euros no final de 2022.

Em 2017, há apenas cinco anos, a média do arrendamento em Portugal era de 493 euros.

Ou seja, arrendar casa ficou 240 euros mais caro, desde 2017. As contas foram feitas com base num apartamento com a área útil média (112,4 m2).

A subida dos preços registou-se em – quase – todo o país. Os únicos concelhos onde os preços desceram nestes cinco anos são Mira (caíram 13%) e Borba (queda de 9%). Mira fica no distrito Coimbra e Borba em Évora.

A maior subida absoluta foi em Cascais: mais 508 euros. A maior subida relativa decorreu na Batalha: rendas 74% mais caras.

Lisboa tem o valor médio de renda mais elevado, com 1.448 euros. Segue-se o Porto, com 1.122 euros.

Os recordes continuam: quase 100 mil contratos de arrendamento num só ano, em 2022; e média de 6,52 euros por metro quadrado.

Há dois motivos que impulsionam este aumento recorde: a subida das taxas de juro do crédito à habitação – os interessados preferem arrendar do que comprar casa – e o maior número de imigrantes que escolhem Portugal para viver, devido à falta de mão-de-obra em diversos sectores.

Aliás, de acordo com Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, esta subida está relacionada com a maior procura por Portugal devido ao PRR: “Está a exigir mão de obra que Portugal não tem e quem chega tem de ficar alojado”.

“Seguramente vamos continuar a assistir a uma pressão para que os preços aumentem“, avisou.

Os senhorios que têm contratos de arrendamento anteriores a 1990 só vão ser compensados em 2024, por estarem impedidos de actualizar o valor da renda.

ZAP //

4 Comments

  1. “… e o maior número de imigrantes que escolhem Portugal para viver, devido à falta de mão-de-obra em diversos sectores.

    Aliás, de acordo com Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, esta subida está relacionada com a maior procura por Portugal devido ao PRR: “Está a exigir mão de obra que Portugal não tem e quem chega tem de ficar alojado”.”

    Isto é verdade. E há outra verdade por trás disto. É que geralmente os imigrantes arrendam um t3 mas dividem por 3 pessoas, enquanto que no caso dos portugueses esse valor é apenas suportado por uma família. Logo o esforço é muito maior para a família portuguesa.

  2. O que provoca o aumento do valor dos arrendamentos não é o «mercado imobiliário», que não existe, nem os Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal, mas sim a criminosa, ilegal, e inconstitucional «lei das rendas», elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, bastando simplesmente revogar essa Lei para acabar com o esquema.

  3. E Queriam Fazer do Alojamento Local e os Vistos Gold de Bodes Expiatorios ,estes nossos Governantes Pensam Que Os Portugueses Sao Todos Otarios

    • Tem toda a razão, primeiro porque imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, é proibido por Lei, e segundo, o que provoca o aumento do valor dos arrendamentos não é o «mercado imobiliário», que não existe, nem os Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal, ou os Vistos «Gold», mas sim a criminosa, ilegal, e inconstitucional «lei das rendas», elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, bastando simplesmente revogar essa Lei para acabar com o esquema.

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