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Regras de isolamento mais flexíveis nas escolas, máscaras e rastreios continuam

Rodrigo Antunes / Lusa

Diretrizes da Direção Geral de Saúde eram há muito aguardadas, com vários meios de comunicação a noticiar, de antemão, que a obrigatoriedade do uso de máscara se iria manter. Principal novidade diz respeito ao encurtamento do isolamento profilático para contactos de baixo risco.

As orientações sobre isolamento profilático de contactos de baixo risco vão ser mais flexíveis no próximo ano letivo, segundo o novo referencial da Direção-Geral da Saúde (DGS) publicado ontem, que mantém a utilização de máscara e o rastreio inicial.

No âmbito das medidas para as escolas de combate à pandemia de covid-19, no próximo ano letivo, turmas inteiras já não vão ser obrigadas a ficar em casa durante duas semanas sempre que seja detetado um caso positivo, como aconteceu a partir de abril, quando a DGS reviu o protocolo de atuação para essas situações. As orientações foram agora revistas, a duas semanas do início das aulas, e vão ser mais flexíveis, uma vez que os contactos considerados de baixo risco ou que testem negativo devem regressar à escola.

Segundo o referencial ontem publicado na página da DGS, em situação de ‘cluster’ ou surto, as autoridades de saúde podem determinar o encerramento de uma ou mais turmas ou zonas da escola, ou de todo o estabelecimento de ensino. No entanto, acrescenta o documento, “os contactos de baixo risco e/ou os contactos de contactos cujos testes sejam negativos devem interromper o isolamento profilático, retomando a respetiva atividade letiva”.

Esta é a principal novidade para o próximo ano letivo, que arranca entre 14 e 17 de setembro durante o qual se mantém a grande maioria das regras de segurança sanitária, incluindo a utilização obrigatória de máscara a partir dos 10 anos e “fortemente recomendada” para os mais novos.

O jornal Público destaca ainda na sua edição diária que a DGS não fará distinção entre crianças e jovens vacinados dos não vacinados. No entanto, uma nova norma que deverá ser publicada nos próximos dias a propósito do tempo de isolamento para pessoas que contactem com casos positivos deverá também ter consequências na dinâmica das escolas.

À semelhança do que aconteceu no ano letivo passado, quando as escolas reabriram em abril, vai também repetir-se a realização de rastreios antes do início das aulas, que vão abranger os professores e funcionários de todos os níveis de ensino e os alunos a partir do 3.º ciclo.

Diretores destacam manutenção de regras e testagem para ano letivo 100% presencial

O vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) destacou hoje a importância da manutenção das regras de proteção individual e o reforço da testagem para que o próximo ano letivo seja 100% presencial. David Sousa disse ainda que as medidas não trazem grandes novidades e que o papel das escolas não será alterado.

“Não foi novidade quer pelas declarações do secretário de Estado da Saúde na semana passada quer pela comunicação social esta semana. Já se perspetivava que não haveria grandes alterações. A situação epidemiológica está como está e já se percebeu que a manutenção das regras que vigoravam até agora, ou seja, as que têm a ver com a proteção como o uso da máscara, o distanciamento, a lavagem das mãos, os arejamentos dos espaços teriam de se manter do nosso ponto de vista”, disse.

De acordo com o vice-presidente da ANDAEP, as alterações são pequenas, mas poderão efetivamente ter algum contributo para que quando exista um caso positivo de covid-19 possa haver menos consequências para um maior número de alunos.

“Do que lemos não há grande alteração e são medidas que dependem de decisões das autoridades de saúde. No que diz respeito ao papel das escolas, mantêm-se tudo, ou seja, não temos nenhuma alteração a fazer. Tudo o que eram as regras que já constavam no plano mantêm-se nestas orientações”, disse. David Sousa sublinhou também que a vontade dos diretores das escolas mantém-se: que durante o próximo ano letivo o ensino seja 100% presencial.

“A nossa vontade mantém-se: é que durante este ano não haja escolas a fechar, que o ensino seja 100% presencial, esse é o nosso principal objetivo. Tudo o que for feito nesse sentido, atendendo às circunstâncias da evolução da pandemia, para nós é importante. O pior seria ter de voltar a confinar, fechar uma escola, confinar muitas turmas, este é o grande problema que queremos a tudo custo seja evitado”, disse.

ZAP // LUSA

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