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O que é a “regra dos dois dias” que promete revolucionar a sua vida?

Abordagem aplicada no dia-a-dia simplifica o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e desenvolve a resiliência com uma palavra chave: hábitos.

Estabelecer hábitos positivos e pôr um ponto final aos hábitos improdutivos pode parecer assustador, mas a “regra dos dois dias”, popularizada pelo youtuber Matt D’Avella, surge como uma estratégia simples, mas eficaz para gerir a vida.

Concebida para evitar o fracasso e criar consistência, a regra pode aplicar-se a vários aspetos da vida quotidiana, desde o simples ato de responder a e-mails à promoção  do bem-estar pessoal.

Mas primeiro: identificar a origem do fracasso

Os fracassos, tanto os públicos como os privados, fazem parte da experiência humana. Os fracassos públicos, como ficar aquém de um objetivo anunciado aos outros, convidam frequentemente ao julgamento e ao escrutínio.

Em contrapartida, o fracasso privado ocorre sem que mais ninguém saiba. São os sonhos e objetivos que perseguimos em segredo, como mudanças de carreira ou marcos pessoais, em que os contratempos são conhecidos apenas por nós próprios.

Ambos têm os seus desafios, e a regra dos dois dias é uma ferramenta que tenta procura capacitar-nos a recuperar destes lapsos com esforço consistente.

Como funciona a regra dos dois dias?

A regra dos dois dias está enraizada na formação de hábitos, onde a repetição transforma ações deliberadas em comportamentos automáticos.

Como explica a autora Gretchen Rubin ao Big Think, a beleza de um hábito está em eliminar a fadiga da tomada de decisões. Quando um comportamento se torna uma segunda natureza, requer um esforço mínimo para ser mantido.

“O essencial de um hábito é que a pessoa não está a tomar uma decisão. Não está a decidir se deve lavar os dentes. Não está a decidir se usa ou não o cinto de segurança. Não está a decidir se vai ao ginásio logo de manhã. Já decidiu, e a vantagem de um hábito é que, a partir do momento em que algo está no piloto automático, o cérebro não tem de usar qualquer energia ou força de vontade para tomar uma decisão”, explica a autora.

A regra dos dois dias exige que nunca deixe passar dois dias consecutivos sem se envolver num hábito ou trabalhar para atingir um objetivo.

Por exemplo, se faltar a uma sessão de ginásio ou não ler num dia, deve retomar no dia seguinte. Esta abordagem reconhece e aceita a imperfeição humana, enquanto mantém o impulso para a frente.

Ao permitir dias de descanso ou lapsos ocasionais, a regra evita a rigidez de uma mentalidade de tudo ou nada. No entanto, garante que se mantém empenhado, empurrando-o de volta à ação após breves interrupções.

A versatilidade da regra dos dois dias torna-a valiosa para o trabalho, o autocuidado e o crescimento pessoal.

Gerir os e-mails é um exemplo de um desafio comum no local de trabalho. As mensagens importantes podem facilmente passar despercebidas, levando à frustração ou à perda de oportunidades. A regra dos dois dias incentiva as respostas atempadas, estabelecendo um prazo de 48 horas para responder a correspondência importante.

O conceito de “vislumbres”, pequenos momentos de alegria ou ligação, alinha-se com a ênfase da regra no equilíbrio. Estes momentos podem incluir apreciar um pôr do sol, desfrutar de tempo com os seus entes queridos ou saborear um momento calmo de reflexão. Mesmo durante períodos de trabalho agitados, garantir que experimenta estes vislumbres pelo menos de dois em dois dias é essencial para o bem-estar mental e para manter a perspetiva, segundo a teoria.

O fracasso é inevitável, mas a regra dos dois dias fornece-lhe uma estrutura para recuperar. Ao permitir espaço para erros ocasionais, ao mesmo tempo que reforça a importância da consistência, a regra promove um equilíbrio entre a auto-compaixão e a disciplina.

Dá frutos?

O sucesso da regra dos dois dias reside na sua simplicidade e adaptabilidade. Ao dar prioridade à ação em vez da perfeição, a regra encoraja uma mentalidade de resiliência e auto-responsabilização.

A regra não tem apenas a ver com evitar o fracasso — tem a ver com a construção de um ritmo sustentável que apoia o crescimento, o equilíbrio e o bem-estar tanto no trabalho como na vida.

ZAP //

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