O Real Madrid conquistou hoje pela terceira vez consecutiva a Liga dos Campeões, ao vencer o Liverpool, por 3-1, algo que não acontecia há mais de 40 anos.
Numa final acidentada em Kiev, os “merengues” aproveitaram da melhor forma as incidências da partida, nomeadamente a lesão madrugadora de Mohamed Salah e o jogo para esquecer do guarda-redes Loris Karius, responsável directo por dois dos golos da formação espanhola.
Numa noite em que Cristiano Ronaldo fez história mas passou ao lado do jogo, o Real Madrid dominou a partida e beneficiou da inspiração de Gareth Bale, autor de dois golos – um deles uma obra de arte.
Bale apenas entrou em campo aos 61 minutos. Poucos esperavam, certamente, que fosse a grande figura desta final da Liga dos Campeões 2017/18, mas foi isso mesmo que aconteceu.
O galês demorou apenas três minutos para marcar, através de uma “bicicleta” espectacular, e fez o 2-0 num remate forte, que originou um “frango” de Karius. Para Bale, dois golos em dois remates, um passe para finalização, um drible completo e uma meia-hora que lhe valeu um lugar na História da competição.
Com o triunfo de hoje em Kiev, os ‘merengues’ tornaram-se a terceira equipa a sagrar-se campeã europeia três vezes consecutivas, depois de terem sido o primeiro conjunto a bisar na era Liga dos Campeões – desde 1992/93.
A última equipa a conseguir o ‘tri’ tinha sido até agora o Bayern Munique, que venceu a então denominada Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1973/74 a 1975/76.
Com uma equipa em que pontificavam nomes como Sepp Maier, Franz Beckenbauer e Gerd Muller, os bávaros venceram nas finais o Atlético de Madrid (4-0 numa finalíssima), o Leeds (2-0) e o Saint-Etienne (1-0).
Antes do ‘tri’ dos alemães, o domínio foi do Ajax, de Johann Cruyff, que ergueu a taça em 1971, 1972 e 1973. Ainda comandado por Rinus Michels, o Ajax derrotou o Panathinaikos na final de 1970/71, por 2-0, seguindo-se, já com o romeno Stefan Kovacs, triunfos sobre o Inter de Milão (2-0) e a Juventus (1-0).
O Real foi mesmo a primeira equipa a conseguir um tricampeonato, que até foi ‘penta’, ao vencer as primeiras cinco edições, de 1955/56 a 1959/60, com o monopólio ‘blanco’ a ser interrompido pelo Benfica, que ganhou os dois títulos seguintes.
Stade Reims (4-3 em 1956 e 2-0 em 1959), Fiorentina (2-0 em 1957), AC Milan (3-2 em 1958) e Eintracht Frankfurt (7-3) foram as ‘vítimas’ dos ‘merengues’.
Ronaldo conquista Champions pela 5ª vez
O internacional português Cristiano Ronaldo conquistou hoje o quinto título de campeão europeu, após o triunfo do Real Madrid sobre o Liverpool, por 3-1, na final de Kiev.
Vencedor da prova pelo Manchester United, em 2007/08, e quatro vezes pelo Real Madrid, em 2013/14, na Luz, em 2015/16, 2016/17 e 2017/18, Ronaldo é líder isolado do ‘ranking’ luso, com mais dois cetros do que Pepe.
Ronaldo, que na presente edição da prova apontou 15 golos, tornou-se também hoje o melhor marcador da Liga dos Campeões pela 6ª vez consecutiva. ‘Rei’ absoluto dos goleadores da história da ‘Champions’, com 120, em 157 jogos, contra 100 de Lionel Messi, em 125 encontros, o capitão da seleção lusa foi o melhor concretizador em 2007/2008 e nas últimas seis épocas.
Ainda ao serviço do Manchester United, Ronaldo foi o melhor marcador pela primeira vez em 2007/08, com oito golos, mas Messi respondeu com quatro títulos consecutivos, ao marcar nove em 2008/09, oito em 2009/10, 12 em 2010/11 e 14 em 2011/12. Depois, voltou a ser de novo a vez do internacional luso, que marcou 12 golos em 2012/13 e um recorde de 17 na temporada seguinte.
Em 2014/15, Messi manteve um título de vantagem, mas passando a liderar por 5-4, já que ambos marcaram 10 golos, tal como o brasileiro Neymar, o único jogador que se intrometeu nesta luta na última década. Na temporada seguinte, Cristiano Ronaldo selou o segundo melhor registo de sempre, com 16 tentos, e igualou os cinco cetros do argentino.
Em 2016/17, Messi parecia imparável, depois de uma primeira fase com 10 golos, em cinco jogos, contra apenas dois de Ronaldo, em seis.
O avanço ainda cresceu para 11-2, com o argentino a marcar nos ‘oitavos’, na ‘remontada’ ao PSG (6-1). Mas Ronaldo ‘renasceu’ nos quartos de final, frente ao Bayern Munique, com um ‘bis’ na Alemanha (vitória por 2-1 do Real Madrid) e um ‘hat-trick’ no Bernabéu (triunfo por 4-2, após prolongamento).
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