Rapper famoso e filho de traficante brasileiro em confusão com a polícia em Lisboa

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O rapper brasileiro Oruam, de 23 anos, terá sido escoltado para fora de um centro comercial em Lisboa, por agentes da GNR. É o próprio jovem, filho de um famoso traficante de droga brasileiro, que revela o episódio nas redes sociais.

Oruam é filho de Marcinho VP, um dos principais líderes do Comando Vermelho, um conhecido grupo criminoso brasileiro que é considerado muito violento. O pai, de 54 anos, está preso desde os 26 anos, condenado por tráfico de drogas e homicídios.

O rapper de 23 anos é muito conhecido no Brasil e em Portugal, sobretudo entre uma faixa etária mais jovem, pelas suas músicas provocadoras que envolvem tiros e uma apologia às drogas. Também tem feito campanha pela libertação do pai.

Após ter actuado no “Newgang Festival”, na MEO Arena, com casa absolutamente cheia, Oruam terá sido abordado por militares da GNR enquanto fazia compras numa conhecida loja de desporto de um centro comercial em Lisboa.

O rapper estava acompanhado de vários amigos. O grupo terá sido escoltado para fora do centro comercial.

“Comprar agora virou crime”, lamenta Oruam, nome artístico que é o seu nome de baptismo, Mauro, ao contrário.

“Fui comprar aqui no shopping de Portugal. Os polícias falaram que nós tínhamos que acompanhá-los”, desabafa o rapper nas redes sociais, onde divulga um vídeo onde aparece a confrontar os agentes da GNR, de capuz na cabeça, mãos nos bolsos e com um ar desafiador.

“Porque é que nós temos que acompanhar vocês?”, questiona enquanto um dos militares responde que “já” lhe explicava.

“E se nós não quiser[mos] ir? Tem que ir o quê? Nós [somos] obrigados? O que é que a gente fez?”, continua Oruam com o agente a salientar que o jovem tinha que os acompanhar “a bem ou a mal”.

O rapper acaba por sair do local com os amigos. Mais tarde, Oruam escreveu nas redes sociais que voltou ao centro comercial para fazer compras.

“Depois daquilo ali, nós saimos e os caras de Portugal vieram defender-nos. Sabiam que eles estavam com inveja. Estou acostumado”, constata.

Oruam alega que os polícias abordaram o seu grupo “a troco de nada” só porque saíram de uma loja “cheios de bolsas”. “Tem que aceitar que a favela venceu”, escreve também.

Susana Valente, ZAP //

4 Comments

  1. É verdade, o pior que o Brasil tem, os bandidos e a Bíblia chegaram a Portugal. Agora até defendem que a Biblia vai entrar no Parlamento pela mão dos deputados lusobrasileiros do Chega contra as nossas políticas de separação de poderes entre religião e Estado. Esses deputados lusobrasileiros querem implementar um retrocesso civilizacional em Portugal depois de terem transformado o Brasil numa república de bananas durante o Bolsonarismo.

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  2. Como filho de imigrantes e que abraça Portugal como nação, acho deplorável o que está a acontecer no país. Não me revejo em nada disto e só posso sentir pudor e vergonha. Não estamos mais em 1974. Existe racismo e xenofobia sim mas também existe muita mal-educação e degeneração humana. Onde já se viu ser apologista da favela, das armas e das drogas duras em 2024 e como pode o Estado permitir que este divulgue esta mensagem em contexto “cultural”? Envergonha-me estar etnicamente associado este indivíduo. Noutras latitudes ainda poderia compreender mas em Portugal não faz sentido nenhum haver auto-marginalização e guetização.

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