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Rapaz de 10 anos tropeçou num surpreendente fóssil de um elefante pré-histórico

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(dr) Peter Houde / NMSU

O jovem Jude Sparks com o fóssil de dinossauro

Um passeio em família pela natureza transformou-se numa surpreendente descoberta quando um rapaz de 10 anos tropeçou num fóssil de um elefante pré-histórico com milhões de anos.

O caso aconteceu no Novo México, nos EUA, segundo reporta a Fox News, que nota que o jovem de 10 anos tropeçou literalmente num crânio de Stegomastodon, um parente dos elefantes pré-históricos gonfotérios e que é, muitas vezes, confundido com os mamutes pré-históricos ou mastodontes.

“Penso que é apenas o segundo crânio de Stegomastodon encontrado no estado do Novo México”, refere à Fox News o professor de Biologia Peter Houde, da Universidade do Estado do Novo México, que teve oportunidade de analisar a descoberta em primeira mão.

Quando perceberam que o filho Jude Sparks tinha detectado alguma coisa muito diferente de tudo o que conheciam, os pais do rapaz telefonaram a Peter Houde para que ele pudesse confirmar a surpreendente descoberta.

O professor destaca que o crânio encontrado pelo rapaz é o mais completo dos que foram descobertos até agora dos géneros Cuvieronius e Stegomastodon, elefantes pré-históricos que viveram nas Américas do Norte e do Sul e que podiam atingir quase 3 metros de altura e seis de comprimento (contando com a extensão das presas).

“Extremamente raros”

Peter Houde nota que os “crânios intactos” destes mamíferos proboscídeos ou ‘elefantóides’ são “extremamente raros”, o que destaca ainda mais a impressionante descoberta acidental do rapaz de 10 anos.

“Seriam muito parecidos com os elefantes modernos se fossem vivos hoje, embora os Cuvieronius tivessem presas em espiral”, explica Peter Houde na Fox, acrescentando que “as suas pernas podiam ser um pouco mais atarracadas”.

tom duca / wikimedia

Crânio de Stegomastodon no Museu de Ciências Naturais de La Plata, Argentina.

“Mas a principal diferença dos elefantes está nos seus dentes molares, reflectindo a dieta mais baseada na procura de arbustos”, nota o professor de Biologia.

Peter Houde também considera que o fóssil encontrado pelo rapaz terá sido desenterrado por chuvas recentes que ocorreram na região.

Agora, o próximo desafio é procurar mais vestígios do elefante pré-histórico na zona onde foi descoberto, próximo das Montanhas Organ, na zona de Las Cruces, no Novo México.

O rapaz tropeçou no fóssil já em Novembro de 2016, mas só agora a descoberta foi tornada pública para permitir aos investigadores da Universidade do Estado do Novo México obterem a autorização para fazer mais escavações na zona. Autorização que só agora chegou.

SV, ZAP //

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7 Comments

    • Caro “P”,
      Obrigado pelo reparo. O Stegomastodon é efectivamente um proboscídeo, não um dinossauro.
      Colocámos entre aspas a expressão “dinossauro” e clarificámos que depois de identificado, o fossil revelou ser de um Stegomastodon.

      • A palavra Dinossauro repete-se várias vezes ao longo do artigo, mas não deveria aparecer nenhuma vez! Provavelmente SV tem uma noção errada do que é um dinossauro, confundindo com o conceito de fóssil.
        O dinossauros são répteis!
        Este é um fóssil de um mamífero, logo a palavra dinossauro não faz qualquer sentido, nem sequer entre aspas.

        • A palavra dinossauro estava incluída na versão anterior do texto, é verdade, por lapso (conforme sublinhado), que entretanto foi rectificado.

        • Joaquim…
          Essa classificação dos dinossauros como répteis já foi posta em causa… e cada vez á mais certo que seria um outro grupo…
          É obvio e praticamente consensual que os Dinossauros e os Mamíferos evoluem a partir de Répteis… Mas verificando algumas características dos Dinossauros (e das Aves) e dos Mamíferos, como por exemplo a inserção dos membros com o corpo e o ângulo que faziam com este… Dinossauros/Aves e Mamíferos (ângulo vertical com o corpo) têm muito pouco a ver com Répteis (ângulo horizontal com o corpo e ventre sobre o solo)…
          Outro exemplo Mamíferos, Aves e quase certamente os Dinossauros são/seriam animais Homeotérmicos… Já os Répteis são animais Poiquilotérmicos… Conhecem-se fósseis de Dinossauros em que o indivíduo fossilizou a chocar ovos, que só tem lógica se se produz calor para aquecer os ovos… A cobertura de penas que alguns dinossauros apresentavam, só parece ter lógica na regulação térmica, como acontece com as penas nas aves e os pelos nos mamíferos…
          Etc.…

          • Certo, mas taxonomicamente continuam a ser incluídos na classe Reptilia. Em todo o caso, a notícia não tem nada a ver com dinossauros, daí a chamada de atenção.
            Folgo em ver que o texto já foi corrigido. Agora só falta corrigir a legenda da figura, que continua a dizer que o rapaz está ao lado de um fóssil de dinossauro. 😉

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