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Quer ter um filho grande? Comece por dar-lhe um sorriso

prostooleh / freepik

Para ter um filho grande (e um grande filho), um sorriso talvez não baste… mas é fundamental! As crianças precisam de amor e felicidade para crescer.

Que o nosso crescimento depende de fatores genéticos e nutritivos já não é novidade para ninguém.

No entanto, está a saber-se agora que para ter um filho ‘à altura’ é preciso muito mais do que isso.

Um novo estudo, liderado por Barry Bogin, da Universidade de Loughborough, sugere que o bem-estar emocional de uma criança é fundamental para o bom desenvolvimento corporal.

“A espécie humana exige fortes ligações sociais e emocionais, isto é, amor, entre pessoas mais novas e mais velhas e, de facto, entre pessoas de todas as idades” afirmou o antropólogo à Sky News.

Barry Bogin acrescentou que não ser amado pelos entes mais próximos quando se é uma criança provoca um “stress emocional tóxico” que pode prejudicar o corpo, “incluindo o bloqueio de hormonas necessárias para o crescimento e altura”.

“Essas ligações são necessárias para promover quase todas as funções biológicas, como a digestão de alimentos e absorção no corpo, um bom sistema imunitário, e uma felicidade geral e perspetiva positiva sobre a vida”, garantiu o líder deste estudo que levou quase cinco décadas.

Os contrastes

Barry Bogin pôs em perspetiva as alturas de dois grupos de cidadãos.

De um lado, os guatemaltecos, que vivem em constante incerteza, agitação política e estão expostos à violência, desde tenra idade.

Do outro, os neerlandeses, que têm estabilidade, segurança e muitas políticas de apoio social e, por isso, mais motivos para sorrir do que os primeiros.

Na Guatemala, a altura média de um homem é de cerca de 1,63m e uma mulher  1,49m.

Já nos Países Baixos, os homens medem em média 1,83m e as mulheres 1,69m.

Estes dados, refere o cientista, revelaram, sobretudo, que os acontecimentos socioeconómicos podem influenciar o nosso crescimento.

O antropólogo considera que a altura é um indicador muito claro da situação económica de cada país, especialmente quando não existem outros dados disponíveis.

Além disso, segundo Barry Bogin, fatores como a genética e a alimentação – isoladamente – não são capazes de explicar as diferenças observadas.

Miguel Esteves, ZAP //

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