Compressa na vagina e saber da morte do pai quando o foi visitar: as queixas na Saúde

Mário Cruz / Lusa

Entidade Reguladora da Saúde apresentou casos que aconteceram em hospitais de Portugal.

Poderiam ser um guião interessante para um filme de comédia – mas tudo aconteceu mesmo em hospitais em Portugal.

Nesta terça-feira a Entidade Reguladora da Saúde apresentou diversos casos reais que aconteceram em estabelecimentos de saúde e que originaram queixas.

Entre os processos destacados pelo Jornal de Notícias, começamos por um que pode ter sido realmente traumático para a pessoa afectada.

Aconteceu no Porto, no Hospital de São João: uma pessoa foi visitar o pai, que estava no serviço de medicina interna covid – mas, quando chegou lá, soube que o pai estava morto. Antes, até tinham recebido a indicação de que o pai tinha tido alta.

Foi um “erro groseiro de comunicação”, admitiu a administração do hospital. Naquele dia houve alteração ao regime de visitas e falhas na comunicação por parte dos profissionais.

No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, durante um parto, ficou uma compressa na vagina da mãe. Esquecida. Uma compressa um pouco maior do que uma bola de golfe. A mulher sentiu desconforto no pós-parto, tomou analgésicos durante duas semanas seguidas e apresentou queixa.

O hospital “não esclareceu em que moldes é efetuada a ‘revisão vaginal após o parto”, escreve a entidade. E não há registo de qualquer processo interno à volta deste caso.

Ainda relacionado com partos, mas noutra perspectiva: um bebé tomou 10 vezes mais medicação do que seria suposto, no Hospital de Braga. O medicamento foi o Propanolol. A enfermeira já tinha dado a dose indicada mas, 20 minutos depois, recebeu a informação: a etiqueta no frasco estava errada.

Origem do erro: um problema com a conversão de unidades de peso entre a prescrição e a preparação.

ZAP //

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