Caso identificado foi o de um turista neozelandês que testou positivo após o regresso, sendo provável que estivesse infetado durante a sua estadia nas ilhas.
Quase dois anos após a Organização Mundial de Saúde ter decretado o início da pandemia da covid-19, há ainda territórios que, quase por milagre, têm escapado ao contágio. É o caso das Ilhas Cook, no sul do Pacífico, que até à última semana não havia detetado nenhum caso de contágio entre a sua comunidade.
No entanto, e de acordo com as explicações dadas por Mark Brown, primeiro-ministro do país, uma infeção por covid-19 foi detetada num turista neozelandês que deixara a ilha, após lá ter permanecido – e interagido com a comunidade – durante oito dias.
“É provável que essa pessoa estivesse infeciosa quando ainda estava cá e que o vírus se estivesse espalhado peça comunidade. Pode tratar-se de um caso de ‘transmissão silenciosa’, dado que os nossos níveis de vacinação são tão elevados que a proteção de que dispõem as pessoas infetadas permite-lhes ter sintomas ligeiros e nem se aperceber”, escreveu o responsável na sua página do Facebook.
De acordo com os números oficiais cerca de 99,6% da população das ilhas, 17 mil pessoas com mais de 12 anos, já tem a vacinação completa e 70% a sua dose de reforço, entre a população elegível.
Há um mês, as Ilhas Cook voltaram a permitir as viagens com a Nova Zelândia, sem que os passageiros tenham de cumprir quarentena – desde o início da pandemia que o país tinha estado fechado ao exterior.
Em Dezembro, as ilhas Cook reportaram o primeiro caso de covid-19 precisamente num indivíduo precisamente em isolamento após a entrada no país, pelo que não chegou a estar em contacto com os cidadãos do território. “O facto de termos uma percentagem tão elevada de proteção, vinda das pessoas vacinadas, dá-nos proteção substancial contra esta doença”, explicou Brown.