Qual é o planeta mais novo do Sistema Solar? E o mais antigo?

Normalmente, a idade dos corpos astronómicos sólidos é baseada no número de crateras na sua superfície.

Há cerca de cinco milhões de anos, estima-se, o Sol começou um comportamento transformador: passou a transformar hidrogénio em hélio no seu núcleo, tornando-se uma estrela de pleno-direito.

Era, na altura, um Sol bebé rodeado por um disco de material — principalmente hidrogénio da nebulosa que formou, mas também moléculas mais complexas. As interações neste disco produziram grãos gelados e poeirentos que cresceram e interagiram com outros.

Simultaneamente, partes gaseificadas deste disco também se podem ter separado do resto. E, a partir deste caos, surgiram planetas, descreve o IFL Science.

O primeiro terá sido Júpiter, daí que se tenha tornado tão grande e forte, muito maior do que qualquer outro planeta. De facto, tem uma massa equivalente a 318 Terras. Devido à sua dimensão, o ponto em torno do qual Júpiter orbita o Sol — não é o centro do Sol, mas apenas fora da sua superfície. Assim, Júpiter nem sequer orbita precisamente o Sol.

Perto de Júpiter, Saturno também começou a crescer, seguido por Netuno e Urano. Apesar de na altura os dois últimos já estarem bem encaminhados, Júpiter e Saturno já tinham varrido uma grande parte do gás no Sistema Solar para o exterior.

Durante este tempo, no Sistema Solar interior, quatro planetas rochosos e um planeta anão estavam a emergir dos escombros espalhados. O protoplaneta — condensação de matéria que constitui a fase inicial na evolução de um planeta — rochoso demorou muito mais tempo a emergir, já que dependia da colisões entre dois corpos rochosos.

Marte pode ter atingido o seu tamanho atual rapidamente, mais rápido do que a Terra e Vénus de qualquer forma, mas não é possível apontar o momento exato. Normalmente, a idade dos corpos astronómicos sólidos é baseada no número de crateras na sua superfície, mas os objetos celestes que sofreram alterações da superfície tornam a estimativa complicada.

Qual é o planeta mais jovem do Sistema Solar?

Embora faça sentido que Júpiter seja o mais velho com base nos modelos em modelos de formação, não é tão fácil encontrar o mais novo. Há abordagens alternativas, como a necessidade dos planetas de terem a sua massa volumétrica no lugar, assim como de terem propriedades consistentes com as atuais. Entre os mais novos, torna-se uma corrida de dois cavalos entre a Terra e Urano.

A razão pela qual estes mundos improváveis emergem como os mais jovens tem a ver com o facto de ambos terem sofrido colisões maciças. Por exemplo, é provável que os primórdios da Terra tenham colidido com Theia, um planetóide do tamanho de Marte, e desse acontecimento tenha resultado a Lua. O fenómeno terá acontecido há 4,5 mil milhões de anos.

Já a Lua levou cerca de 200 milhões de anos para se solidificar. A Terra abalada precisaria de um pouco mais de tempo para se tornar o que é hoje, com a formação de oceanos e placas tectónicas, talvez há 3,6 mil milhões de anos.

Entre 3 e 4 mil milhões de anos atrás, Urano colidiu com um planeta do tamanho da Terra que abalou o seu interior, inverteu-o e criou o campo magnético mais estranho.

Assim, quando se trata de qual é o planeta mais jovem, é preciso definir uma estratégia para chegar a uma conclusão sólida. Para não mencionar, a definição de planeta pode facilmente tornar-se limitativa e controversa, basta pensar no pequeno Plutão.

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