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Putin contra-ataca com embargo às importações da UE e EUA

t.d. Kremlin / Wikimedia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou esta quarta-feira a “proibição ou limitação durante um ano” das importações de produtos agroalimentares provenientes dos países que aplicaram sanções económicas à Rússia, anunciou o Kremlin.

“Com o objetivo de proteger os interesses nacionais da Federação da Rússia (…) ordeno a interdição ou limitação por um ano das importações para território russo de vários tipos de produtos agrícolas, matérias-primas e produtos alimentares” provenientes dos países que “decidiram aplicar sanções económicas” contra a Rússia, declarou Vladimir Putin, citado no comunicado.

No entanto, o decreto admite a possibilidade de alteração a prazo da proibição destas importações.

A decisão solicita ao governo do primeiro-ministro Dmitri Medvedev que determine quais os produtos que devem ser abrangidos pela medida. Em paralelo, exorta o executivo a tomar medidas para incrementar a oferta de produtos nacionais e impedir o aumento dos seus preços devido à redução das importações.

Na terça-feira, o líder russo pediu ao governo para “preparar medidas de resposta” às sanções contra a Rússia aprovadas por alguns países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia (UE), pelo apoio de Moscovo aos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

“Os instrumentos políticos de pressão à economia são inaceitáveis, contradizem todas as normas e regras”, considerou na ocasião Putin, antes de sugerir que as sanções permitirão reforçar a independência da economia russa.

Em simultâneo, sublinhou que as medidas devem ser aprovadas “com extrema cautela, para apoiar os produtores nacionais mas sem prejudicar os consumidores”.

Os Estados Unidos e a UE adotaram na semana passada novas sanções económicas contra a Rússia, acusada de fomentar o clima de tensão na Ucrânia e pelo suposto derrube pelos rebeldes armados pró-russos de um avião das linhas aéreas da Malásia com 298 pessoas a bordo.

As sanções ocidentais, dirigidas aos bancos públicos russos, e aos setores da defesa e petrolífero, forçaram o governo russo a reformular a sua estratégia económica e orçamental para 2014 e 2015.

/Lusa

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