Os pulsos de homens e mulheres mexem-se de forma diferente

A diferença entre homens e mulheres também está nos pulsos. É o que conclui um novo estudo científico que constata que os ossos dos pulsos se movimentam de forma diferente conforme o género.

Havia uma ideia instalada de que os pulsos direito e esquerdo dos indivíduos são um espelho um do outro, mas não havia provas que o confirmassem, até agora, graças a um novo estudo que recorreu a técnicas de imagem de ressonância magnética.

A investigação publicada no Journal of Biomechanics também permitiu apurar que os ossos dos pulsos de homens e mulheres se movimentam de forma diferenciada.

A pesquisa passou pela digitalização dos dois pulsos de 18 pessoas – 9 homens e 9 mulheres com idades variadas e sem historial de lesões, doenças ou dores nesta zona do corpo.

Com recurso a técnicas de imagem de ressonância magnética que permitem obter uma perspectiva de 3 dimensões dos pulsos em movimento, os investigadores observaram os ossos e as articulações a executarem cinco movimentos distintos. Fizeram uso de técnicas avançadas de matemática para analisar as imagens e gerar modelos do movimento dos pulsos.

“Enquanto cada osso do pulso já tinha sido estudado individualmente antes, o nosso trabalho foca-se mesmo na forma como os ossos do pulso se movem e agem em conjunto”, explica o investigador Brent Foster do Departamento de Radiologia da Universidade Davis na Califórnia, em declarações divulgadas pela instituição num comunicado.

Os investigadores partiram de um pressuposto inicial de que não havia diferenças nas movimentações entre os pulsos de homens e mulheres, mas concluíram que esta tese está errada.

Já se conheciam “diferenças de escala entre homens e mulheres”, mas neste novo estudo foi possível examinar que “as trajectórias dos ossos durante o movimento dos pulsos diferem por género”, como destaca Foster.

“Condições do pulso como o síndrome do túnel cárpico afectam realmente, desproporcionalmente, as mulheres, embora não seja claro porquê”, destaca o investigador Abhijit Chaudhari que integra igualmente o Departamento de Radiologia da Universidade Davis.

O estudo permitiu analisar o movimento dos ossos dos pulsos ao vivo pela primeira vez e “apenas digitalizando cinco movimentos básicos dos pulsos”, foi possível “explicar cerca de 91% das variações entre os indivíduos”, constata Chaudhari.

Esta análise pode ter implicações relevantes, nomeadamente para ajudar a definir futuros tratamento em doenças que afectam os pulsos, como a osteoartrite ou o já referido síndrome do túnel cárpico.

ZAP //

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