A PSP deteve hoje 34 pessoas numa operação de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e falsificação de documentos.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve hoje 34 pessoas numa operação que visou buscas a sete centros de inspeção automóvel, ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a um escritório de advogados por suspeitas de corrupção e falsificação de documentos.
A PSP realizou esta terça-feira uma operação de investigação criminal em vários distritos do país por suspeitas de corrupção.
Uma fonte policial adiantou à TSF que as buscas decorrem em centros de inspeção automóvel de Lisboa, Porto, Setúbal, Braga e Faro e que foram feitas 34 detenções.
A PSP detalhou à Lusa que os centros de inspeção alvo de buscas se localizam no Cacém, em Queluz de Baixo (concelho de Sintra), em Seixal, em Vila Nova de Famalicão, em Amarante, no Porto e em Lagoa.
Durante a manhã desta terça-feira, a PSP declarou, em comunicado, que estavam a ser realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias para recolher provas de crime de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção ativa para ato ilícito e falsificação de documentos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou também a realização das diligências no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), “com a coadjuvação da Polícia de Segurança Pública e a estreita colaboração do Instituto de Mobilidade e dos Transportes”.
A PSP referiu que foram recolhidos indícios que alguns suspeitos, administradores de facto ou de direito de diversas empresas gestoras de CITV, criaram nos centros “um esquema fraudulento que permitia a aprovação de veículos sem proceder à anotação de deficiências que os veículos apresentavam ou sem adotar procedimentos de inspeção legalmente obrigatórios, recebendo indevidamente vantagens patrimoniais e não patrimoniais, entregues pelos clientes” dos centros de inspeção automóvel.
A PSP sublinha também que se encontram sob investigação outras pessoas que poderão ter facilitado a concretização de alguns negócios ou que favoreceram essas empresas, nomeadamente junto de entidades públicas.
A força policial admite que “por subsistirem, entre outros, o perigo de continuação de atividade criminosa e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas”, o Ministério Público procedeu à emissão de mandados de detenção fora de flagrante delito.
De acordo com a polícia, as buscas e detenções constituem o culminar da investigação desenvolvida em três inquéritos distintos, iniciados em 2017, 2019 e 2020, e entretanto juntos ao processo.
A PSP refere ainda que os arguidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
nada de estranho, vendo certos veículos que andam na estrada – é claro que muitos carros que andam nas nossas estradas não cumprem as regras. espero que as autoridades continuem estas investigações, porque ainda há muito a fazer – nomeadamente, fiscalização na estrada.