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Este dinossauro terá usado a estranha forma do seu crânio para atrair parceiros

AntoninJury / Wikimedia

Ilustração de um Protoceratops andrewsi

Um novo estudo mostra que os dinossauros que tinham esta estrutura óssea na parte de trás da cabeça provavelmente a desenvolveram para atrair parceiros.

O Protoceratops foi um dinossauro herbívoro e quadrúpede, que viveu no fim do período Cretáceo e tinha uma estranha estrutura óssea na parte de trás da cabeça (que em inglês se costuma chamar “neck frills”).

Há muito que os paleontólogos questionam qual seria o seu propósito. Mecanismo de defesa? Regulação da temperatura? Ou, talvez, tal como os pássaros modernos com caudas coloridas, uma forma de se mostrarem aos parceiros e potenciais concorrentes?

Tal como explica o site Live Science, é difícil provar o processo de seleção sexual, pois é impossível saber se um dinossauro que possuía este osso maior e mais brilhante realmente tinha mais sucesso na hora de acasalar.

Porém, investigadores do Museu de História Natural e da Universidade Queen Mary, ambos em Londres, decidiram procurar pistas sobre o crescimento e a variação dessas estruturas ósseas para ver se correspondiam com os traços da seleção sexual vistos em animais dos dias de hoje.

A equipa juntou várias fotografias de 65 crânios de espécies de Protoceratops, usando um software para criar modelos 3D dos crânios. Destes, 30 eram reconstruções digitais completas. Os crânios eram de dinossauros com idades desde um dia à idade adulta, logo, os cientistas puderam comparar as taxas de crescimento dos “frills” com as de outras partes do crânio.

Segundo o mesmo site, os investigadores descobriram que a mudança evolutiva destas estruturas ósseas era bastante independente da mudança evolutiva do resto do crânio, ou seja, um sinal de que a seleção sexual pode mesmo ter entrado em ação.

Os “frills” também mostraram um padrão de crescimento chamado alometria, comum em traços da seleção sexual. Neste caso, uma determinada parte do corpo do animal cresce mais e mais depressa do que outras partes.

Além disso, esta estrutura óssea também mostrou uma grande variação, outra característica da seleção sexual. No entanto, não apresentaram dimorfismo sexual, isto é, grandes diferenças entre machos e fêmeas.

O estudo foi publicado, a 3 de fevereiro, na revista científica Proceedings of the Royal Society B.

ZAP //

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