A primeira jornada do campeonato trouxe números “simpáticos”, nas bancadas. Mas é preciso manter a tendência.
A I Liga de futebol regressou no fim-de-semana passado e contou com quase 140 mil adeptos nas bancadas, no total dos nove jogos.
Como seria de esperar, o duelo que teve mais pessoas no estádio foi o primeiro do campeonato, o Benfica-Arouca: mais de 53 mil pessoas, com taxa de ocupação do Estádio da Luz superior a 83%.
No entanto, esse duelo em Lisboa foi apenas o terceiro com maior taxa de ocupação nas bancadas.
O FC Porto recebeu o Marítimo com mais de 92% do Dragão preenchido (mais de 46 mil pessoas). E ainda se destaca o Desportivo de Chaves-Vitória de Guimarães, com 89.6% de ocupação (mais de 7 mil adeptos).
Ainda houve mais três jogos com mais de metade do estádio preenchido: Sporting de Braga-Sporting (58.49%), Rio Ave-Vizela (57.87%) e Portimonense-Boavista (52.78%).
Números que seriam abaixo da média noutros campeonatos mas, em Portugal, é uma contabilidade “simpática”.
Mais abaixo ficaram o Gil Vicente-Paços de Ferreira (40.95%), o Estoril-Famalicão (28.92%) e o muito vazio Santa Clara-Casa Pia (17.85%).
Este bom arranque serviu para o jornalista Duarte Monteiro apresentar no portal zerozero algumas sugestões para tentar manter uma boa afluência aos estádios da I Liga.
Destacamos a mudança do calendário: seria realizado um jogo à sexta-feira (20h ou 20h30), quatro jogos ao sábado e quatro ao domingo (14h, 16h, 18h e 20h em ambos os casos). A ideia seria não iniciar jogos muito tarde, sobretudo ao domingo, evitar sobreposição de partidas e deixar de haver encontros marcados para segunda-feira. Mas os direitos televisivos e pedidos dos próprios clubes que jogam em competições europeias atrapalham este cenário.
Outro ponto muito importante é o preço dos bilhetes. Preços mais baixos (bem mais baixos, em alguns casos) iriam convidar mais pessoas para os estádios. E o “mercado” do próprio clube à volta do jogo iria agradecer.
Alguns estádios deveriam ser melhorados, continua o artigo. Sobretudo no que diz respeito à cobertura dos recintos.
O jogo de futebol poderia ser mais do que um jogo de futebol, para os adeptos: pequenos concertos musicais, visitas ao museu ou outros passatempos.
Por fim, quase uma utopia: mudar o tom, o discurso, de muitos dos intervenientes no futebol em Portugal.
Que estupidez de análise ir por percentagens de ocupação. Os clubes não vivem de percentagens mas de gente efetiva que paga o seu bilhete. Tenham juizo. Parecem crianças.