Proibido levar telemóvel para a escola do 1.º ao 6.º ano

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Pais escolas privadas, também abrangidas, opõem-se à medida que restringe o uso de telemóveis em recinto escolar, já prevista no programa do governo.

A partir de setembro, é proibido aos alunos do 1.º ao 6.º ano de escolaridade levar telemóvel para a escola. A medida, avançada pelo CM, chega pela voz do ministro da Educação, Fernando Alexandre.

“Nós já anunciámos, está no programa eleitoral e no programa de Governo, que pretendemos instituir a proibição. O ano passado fizemos a recomendação da proibição, preparámos a proibição para o 1.º e para o 2.º ciclo, independentemente da natureza da instituição, por isso, será no público e no privado”, justifica.

De facto, a proibição dos telemóveis até ao 6.º ano estava já prevista, ainda que as escolas privadas prefiram gerir o tema sem intervenção do ministério.

Rodrigo Queiroz e Melo, da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), diz que “não é tema que exija medida legislativa, embora para os pais mais stressados por não poderem contactar com os filhos uma norma nacional possa ajudar”.

“A proibição no 1.º ciclo (1.º ao 4º ano) não tem problema, mas no 2.º ciclo (5.º e 6,º ano) vai criar situações de falta de equidade, porque os alunos do 2.º ciclo andam em escolas com alunos do 3.º ciclo e até do secundário. Sendo assim tinham de proibir todos”, comenta com o CM a Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap), que discorda da medida.

“Se proibirem não podem pedir para levar telemóveis para fazer pesquisas. Isto tem de ser bem pensado e é preciso ver quais as consequências da proibição. A Confap nunca concordou com a proibição, somos mais pela prevenção. Proibir nunca dá bom resultado“.

Noutros países europeus, segundo a Euronews, há já restrições ao uso de telemóveis nas escolas. Em Espanha, por exemplo, essa decisão é feita a nível regional — cada área administrativa implementa as medidas que considera necessárias, com algumas já a limitar o uso de telemóveis.

ZAP //

2 Comments

  1. Os pais deviam ser os primeiros a tomar essa medida sem ser sequer preciso a lei, mas infelizmente são os primeiros ajudar a bandalheira….

  2. Pois, mais um exemplo de quando os políticos e a administração querem ser pai e mãe de toda a gente e, simultaneamente, não fazem o essencial.
    Garantam que não há bullying, tenham uma escola segura, com bons professores, nível elevado do ensino, com bom ambiente, e já fazem muito. Se sobrar tempo, tratem por exemplo da saúde (a começar pelos milhões de euros desviados sob o pretexto de redução de listas de espera) e deixem as opções pessoais na esfera do pessoal.

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