Uma lei determina que os funcionários públicos estão impedidos de usar símbolos religiosos como turbantes, kippahs e hijabs.
Fatemeh Anvari, professora do terceiro ano na cidade de Chelsea, no Canadá, foi impedida de dar aulas porque a sua roupa violava a Lei 21 do Quebec, aprovada em 2019. A docente foi transferida para um projeto de alfabetização sobre diversidade e inclusão.
Segundo a Vice, a lei proíbe os funcionários públicos – professores, advogados, agentes da polícia e outros – de usar símbolos religiosos e aplica-se a qualquer pessoa contratada depois de março de 2019.
Esta lei prejudicou desproporcionadamente as mulheres muçulmanas, para quem o ensino é uma carreira popular no Quebec.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro Justin Trudeau disse aos jornalistas que ninguém devia perder o seu emprego por causa da sua religião, mas recusou-se a intervir, dizendo que não queria criar uma luta entre o Quebec e o Governo federal.
Os políticos do Quebeque reiteraram o seu apoio à lei, com o primeiro-ministro desta província, François Legault, a defender que a professora não deveria ter sido contratada de todo.
“A direção da escola não deveria ter contratado esta pessoa, dado o Projeto de Lei 21”, disse Legault, na passada sexta-feira. “E quero lembrar toda a gente que o Projeto de Lei 21 se tornou lei em junho de 2019. Foi votado democraticamente pela Assembleia Nacional. Penso que é uma lei razoável, uma lei equilibrada.”
O despedimento da professora causou alguns protestos na escola. Estudantes e funcionários colocaram fitas e cartazes verdes como uma forma de apoio.
Em agosto de 2019, depois de o ministro da Educação do Quebec ter publicado a fotografia no Twitter ao lado de Malala Yousafzai, um jornalista perguntou-lhe se a ativista poderia dar aulas no Quebec, se assim o desejasse.
O governante respondeu que seria “uma honra” se Malala quisesse dar aulas na região francófona do Canadá, mas que não podia “usar sinais religiosos no exercício das suas funções”.
Nos países deles temos que cumprir as regras deles e eles não têm que cumprir as nossas regras?
Quem são “eles” (e “nos”) e qual são os “seus países”?!
“Eles” são os imigrantes que vêm de países em dificuldades, atrasados do ponto de vista económico e social, muitas vezes dilacerados por guerras intestinas entre diferentes grupos ou facções da mesma religião.
O que é mais estranho é que as pessoas que fogem desses países em busca de uma vida melhor, no “El Dorado” do mundo ocidental, em vez de adoptarem os hábitos e costumes dos países que os acolhem – em nome da diversidade, inclusão e tolerância – são os primeiros a quererem manter os mesmos costumes e crenças religiosas que levaram os países de origem à situação periclitante de que fogem. Parece que querem reproduzir cá, no mundo ocidental, o mesmo caldo cultural e religioso que levou os respectivos países de origem a auto-destruir-se, em nome de uma pureza ideológica, étnica e/ou religiosa que, é bom de ver, só leva à intolerância, ao ódio e à violência – os condimentos típicos das sociedades que mergulham no retrocesso civilizacional, conduzido pelos clérigos retrógrados, paternalistas e obcecados pelo poder e controlo das mentes dos fiéis.
Por vontade do PM Justin Trudeau essa lei não existiria, pois o senhor é todo ele multiculturalismo e inclusão.
Com isso, tenho que concordar!
E muito bem!!
As religiões já fizeram/fazem estragos demais à humanidade e portanto a lei faz todo o sentido.
É simples….na sua Vida privada esta Ilustre professora tem todo o direito de se “ornamentar” como entender. Se ocupa um cargo Púbico tem obrigação de se submeter as regras de Laicidade, notoriamente quando se trata da área da Educação Ocidental !…… se não concorda …….volte para o País de Origem dar aulas como entender e o regime deixar !
Não posso estar mais de acordo.
A lei é para cumprir e muito neste caso é uma lei justa e equilibrada. Parabéns ao governo deste país e seus governantes.
Faço raros comentários mas desta vez não posso deixar em branco o meu total apoio ao comentário do “atento”. Pena não se identficar.