Líder da oposição? Para os portugueses, há dois

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Miguel A. Lopes, André Kosters / Lusa

O líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, já não é a única principal figura da oposição, de acordo com novo barómetro.

Pedro Nuno Santos e André Ventura, líder do Chega, empatam na oposição no mais recente barómetro Aximage para o Diário de Notícias.

O secretário-geral socialista, que ainda há um mês se destacava como a principal figura da oposição, com 51% das preferências, viu o seu apoio cair para 39%, empatando agora com Ventura, que na sondagem anterior juntava 32%.

Pedro Nuno só subiu na CDU

A queda de Pedro Nuno Santos é explicada pela diminuição do apoio entre os eleitores de quase todos os partidos, com exceção da CDU, onde o socialista conseguiu aumentar a sua popularidade, de 60% para 64%. Nos restantes partidos, as perdas fazem-se notar nos números: PS (69% para 61%), AD (57% para 40%), BE (53% para 44%), Livre (59% para 44%), PAN (40% para 18%), IL (45% para 25%) e Chega (20% para 13%).

A quebra de apoio é transversal: é também evidente em todas as regiões do país, entre todas as faixas etárias e classes sociais.

Tudo igual na corrida

O novo barómetro não registou alterações significativas na intenção de voto desde as Legislativas de março.

Os três principais partidos – AD, PS e Chega – permanecem tecnicamente iguais. A Aliança Democrática (AD) teria 29,8% das intenções de voto, ligeiramente acima dos 28,8% obtidos em março. Já o PS também regista uma ligeira subida, passando de 28% para 28,6%. O Chega mantém praticamente o mesmo resultado: 18,2%, comparado com os 18,1% de março.

O dado mais marcante desta sondagem é a projeção de uma abstenção significativamente mais baixa, estimada em 21,6%, muito abaixo dos 40,16% registados nas últimas eleições. Este valor seria o mais baixo desde 1983.

A Iniciativa Liberal (IL) consolidou-se como a quarta força política, subindo de 4,9% em março para 6,8%. O Livre também cresceu ligeiramente, atingindo os 4,1%. Por outro lado, o Bloco de Esquerda (BE) caiu para 4% após uma subida pontual em outubro. A CDU e o PAN registaram oscilações dentro da margem de erro, mas com tendência de queda.

E por regiões?

A AD continua forte no Centro (subiu para 32,1%), mas perdeu influência no Sul e Ilhas e na Área Metropolitana do Porto.

Já o PS mantém vantagem na Área Metropolitana de Lisboa e no Sul e Ilhas, mas registou perdas no Centro.

O Chega cresceu no Norte e na Área Metropolitana de Lisboa, mas perdeu força no Porto e no Centro.

Ministros

O primeiro-ministro Luís Montenegro foi o único líder com avaliação positiva, enquanto a ministra da Saúde enfrenta uma avaliação mais negativa.

Entre os ministros, apenas Fernando Alexandre e Fernando Medina são considerados “positivos”.

Já Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu recuperar terreno após um desempenho negativo em outubro.

ZAP //

4 Comments

  1. O PNS é um idiota presunçoso, é natural que vá descendo conforme se for continuando a revelar. O BE a termo, irá desaparecer (já ninguém a(o)s atura), e o Chega continua a “surfar” na vaga mundial de populismo. O IL desmarcou-se ligeiramente, impondo-se numa posição “nova” em Portugal… mas no fim de contas feitas, é tudo cosmética, para o povo pouco muda. O Estado, independentemente do governo, continua a ser um carrasco digno de ditaduras, composto por funcionários que se julgam acima da lei… e que na maioria das vezes, realmente são. O ditos “salários médios” não permitem a ninguém ter uma casa, criar uma família e viver com dignidade.

    …não sei onde vamos parar, nem qual é o futuro da humanidade, mas não serão certamente estes políticos e partidos que agem como clubes desportivos que nos irão ajudar a chegar a bom porto.

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