Primeiro-ministro palestiniano alvo de atentado em Gaza

EEAS / Flickr

Rami Hamdallah

Sete pessoas ficaram feridas, esta terça-feira, em Gaza, na sequência de uma explosão que tentou atingir o comboio em que seguia o primeiro-ministro palestiniano, disseram à France Presse elementos das forças segurança.

Rami Hamdallah e o chefe dos serviços de informações palestiniano, Majid Faraj, que também se encontrava na comitiva de visita a Gaza, não ficaram feridos, acrescentaram as fontes da AFP.

“Uma explosão aconteceu, esta terça-feira, em Beit Hanoun, junto ao comboio do primeiro-ministro. Não há feridos”, afirmou o porta-voz do Interior em comunicado. No entanto, testemunhas e elementos da delegação indicam que, pelo menos, sete pessoas ficaram feridas, embora não se conheça ainda a identidade das vítimas.

O escritório do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, responsabilizou o Hamas, movimento islamita que controla o enclave há uma década e que, apesar do processo de reconciliação e da transferência de poder à Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) estipulada em outubro, mantém as competências do Interior e Segurança.

“O ataque ao Executivo é um ataque à unidade do povo palestiniano”, declarou o porta-voz da Presidência, Nabil Abu Rudeina.

Porém, o movimento islamita já condenou o ataque e afirmou que este incidente ameaça o processo de reconciliação entre as fações palestinianas. “O Hamas condena o crime contra o primeiro-ministro Rami Hamdallah e o considera parte de uma tentativa que pretende desestabilizar a segurança em Gaza e frustrar os esforços para alcançar a união nacional”, expressou numa declaração oficial publicada no Twitter.

O grupo islamita também condenou “as acusações da Presidência da ANP por responsabilizá-lo por este crime” e o porta-voz da organização palestiniana, Fawzi Barhoum, já pediu que os corpos de segurança e do Ministério do Interior “abram uma investigação urgente e imediata para saber todas as circunstâncias do crime, apontar responsáveis e levá-los à justiça”.

De acordo com a agência noticiosa palestiniana Maan, pouco depois do incidente, que danificou três carruagens do comboio, o Hamas deteve vários suspeitos.

Hamdallah estava no local, onde estava previsto inaugurar uma usina de tratamento de águas e reunir-se com as autoridades do enclave litorâneo. O primeiro-ministro prosseguiu com a agenda e garantiu que este incidente não o ia impedir de cumprir as suas obrigações. Entretanto, o governante e a delegação já saíram de Gaza e dirigem-se novamente a Ramala, na Cisjordânia.

ZAP // EFE

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