Primeira-ministra dinamarquesa agredida no centro da capital

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Mads Claus Rasmussen / EPA

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

Homem foi detido pelas autoridades. Frederiksen, de 46 anos, estará chocada com o incidente.

A primeira-ministra dinamarquesa, a social-democrata Mette Frederiksen, foi agredida esta sexta-feira no centro de Copenhaga por um homem, que foi detido pelas autoridades, adiantou a agência de notícias Ritzau, que cita fontes policiais.

O suspeito, de 39 anos, será presente ao juiz este sábado para ser interrogado ainda na parte da manhã.

Num breve comunicado, o gabinete da primeira-ministra referiu que Frederiksen está chocada com este incidente.

As autoridades dinamarquesas não adiantaram mais informações sobre o estado de Mette Frederiksen.

Isto não é a Dinamarca. Não atacamos os nossos primeiros-ministros. Envio os meus melhores pensamentos a Mette”, referiu, na rede social X, o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, o liberal Troels Lund Poulsen.

Os líderes dos principais partidos dinamarqueses e vários ministros também reagiram nas redes sociais, condenando a agressão e enviando mensagens de apoio a Frederiksen.

Montenegro condena “ataque violento”

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, condenou o “ataque violento” que a homóloga dinamarquesa sofreu, manifestando a solidariedade do “povo e Governo portugueses” com Frederiksen.

“Expresso toda a minha solidariedade a Mette Frederiksen, primeira-ministra da Dinamarca, minha amiga e colega. Condeno firmemente este ataque violento a uma líder democrática eleita. Neste momento difícil, pode contar com o apoio do povo e Governo portugueses”, pode ler-se, numa mensagem de Luís Montenegro na rede social X.

O Presidente francês Emmanuel Macron também condenou a agressão “inaceitável” de que foi vítima a primeira-ministra dinamarquesa.

“O ataque à primeira-ministra dinamarquesa é inaceitável. Condeno veementemente este ato e desejo a Mette Frederiksen uma rápida recuperação”, escreveu Macron na rede social X.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, condenaram o ataque a Frederiksen.

Roberta Metsola exortou a primeira-ministra dinamarquesa a “manter-se forte”, acrescentando, numa mensagem publicada no X, que “a violência não tem lugar na política”. Charles Michel declarou, por sua vez, estar “indignado com o ataque”.

 

Mette Frederiksen, de 46 anos, é chefe de governo desde junho de 2019. O primeiro mandato foi à frente de uma coligação de centro-esquerda e desde dezembro de 2022 que lidera um executivo de centro com duas forças de direita.

Tem sido uma das “melhores amigas” da Ucrânia face à invasão russa de fevereiro de 2022. Depois de as forças ucranianas, motivadas pela falta de munições, se retirarem da cidade de Avdiivka após quatro intensos meses de combate, a primeira-ministra confirmou que está a enviar a “totalidade da artilharia” dinamarquesa para a Ucrânia.

ZAP // Lusa

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