Os preços do pão, que não tiveram oscilações significativas em 2014, devem seguir a mesma tendência no próximo ano, indicou à Lusa o presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP).
“Penso que em 2015 se deverá manter a estabilidade nos preços de venda ao público”, afirmou Francisco Silva, argumentando que “não estão reunidas as condições de estímulo ao consumo privado” que permitam aos industriais aumentar os preços de um produto que continua a ser “omnipresente nas mesas portuguesas”, incluindo as mais pobres.
“A panificação tem resistido à crise, talvez reduzindo as suas margens, mas manteve os clientes”, salientou o responsável da ACIP, mostrando-se, no entanto, preocupado com o impacto dos elevados custos da energia.
“Os preços da farinha estão estáveis, mas o custo da energia é muito preocupante. Pagamos a energia mais cara, mas mantemos os preços”, adiantou.
Os preços podem, contudo, variar bastante consoante o local onde é vendido o pão, mas também de acordo com o tipo de produto, havendo uma procura crescente por pães especiais, como os multicereais, com farinhas integrais ou isentas de glúten, “que respondem a uma clientela mais exigente”.
Já a banal carcaça tanto pode ser vendida a menos de dez cêntimos como custar 17 cêntimos, segundo Francisco Silva.
Tudo depende da localização geográfica das padarias e do facto de se tratar de negócios familiares, que têm custos de produção inferiores e podem vender o pão a preços mais baixos, explicou.
/Lusa