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“A agricultura em Montalegre vai acabar”. Praga de javalis destrói culturas

Os agricultores do concelho de Montalegre andam desesperados com o facto dos javalis andarem a destruir as culturas. A população destes animais tem aumentado muito nos últimos anos e as medidas de controlo têm sido poucas.

João Rua, agricultor em Montalegre, contou à TSF que os prejuízos provocados pelos javalis são cada vez maiores e não vê nenhuma solução para o problema. O agricultor recorda  que plantou “quatro campos de batatas, oito de centeio e outros tantos de milho, e só se safaram dois que estavam quase no meio da aldeia”.

Nas sementeiras de centeio deste ano, João Rua já antecipa que aconteça uma razia semelhante à de outros anos. “Ao chegar o mês de junho e até meados de agosto, quando se ceifa, eles [os javalis] vão lá comer, dormir e fazer o serviço (necessidades).”

Já na aldeia de Castanheira, António Pires também não vê futuro nos campos de milho, pois depois do assalto dos javalis “nem dá para cortar com a máquina, nem para se apanhar”. O terreno fica com “uma cana para aqui, outra para ali, outra para acolá”. O que não comem, estragam. Por isso, António não tem dúvidas que “se não tomarem conta” de quem vive do que o campo dá, “a agricultura em Montalegre vai acabar”.

Os agricultores foram falar com o presidente da Câmara Municipal de Montalegre que diz que “o javali é uma praga que destrói tudo à sua passagem”. Orlando Alves garante que tem sido sensível às preocupações dos munícipes.

O autarca realça que já reportou as queixas ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, mas até agora sem sucesso. “A diretora regional do Norte está do nosso lado, mas quando a informação chega aos muros da capital tudo esbarra e volta para trás”, referiu.

Também sem resposta está o pedido de harmonização do calendário das batidas ao javali em Portugal e na Galiza (Espanha). O autarca vinca que “eles [os galegos] começam a matar [javalis] em agosto”. Do lado de cá da fronteira, “só em outubro”.

ZAP //

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