Portugueses acusados de violação em Espanha continuam em prisão preventiva

Nacho / Flickr

O alegado crime aconteceu em Gijón, em Espanha

Os dois portugueses acusados de violação vão continuar presos visto que a juíza considera que há risco de fuga. A defesa afirma que há ainda mais dois recursos à espera de resposta.

Os dois jovens de Famalicão que foram presos preventivamente em Gijón, Espanha, por suspeita de violação, vão continuar na cadeia. O tribunal de instrução criminal local não deu provimento ao recurso que pedia a libertação sob fiança.

O alegado crime aconteceu a 24 de Julho. A polícia deteve quatro homens entre os 20 e 30 anos por agressão sexual a duas mulheres de 22 e 23 anos. As mulheres contaram que conheceram um dos homens num bar em Fomento e aceitaram ir com ele para o hotel, tendo ele encontrado os amigos no caminho que depois alegadamente as violaram.

Dois dos quatro arguidos ficaram em prisão preventiva e assim vão permanecer, enquanto os outros dois saíram em liberdade. As razões usadas para justificar a decisão são “a falta de reconhecimento”, pelos recorrentes “do quatro intimidatório criado” sobre as vítimas, a “moldura penal dos ilícitos” e o “risco de fuga” dos suspeitos, segundo avança o Jornal de Notícias.

A defesa dos portugueses garantiu ao JN que há mais dois recursos pendentes com vista à libertação dos arguidos ou, caso a libertação não seja concedida, a transferência para uma prisão portuguesa.

Em entrevista na última edição do Expresso, o advogado dos portugueses continua a negar a acusação e refere que os seus clientes afirmam que “houve consentimento em todos os momentos para as relações sexuais”.

“Pode ter havido um determinado momento em que elas quiseram parar ou fazer outra coisa mas isso não é violação. É diferente estar numa relação sexual com alguém que é tosco ou tem falta de jeito”, revelou Germán Inclán.

O Código Penal espanhol prevê uma pena entre seis a 12 anos de prisão para o crime de agressão sexual com penetração, que pode subir até aos 15 anos quando o crime é cometido conjuntamente por duas ou mais pessoas.

AP, ZAP //

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