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Portugueses apostaram online 740 milhões de euros em três meses (cerca de oito milhões de euros por dia)

Os portugueses apostaram online cerca de oito milhões de euros por dia nos primeiros três meses do ano, segundo dados divulgados pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ).

Esses dados mostram que de janeiro a março os jogadores registados nas dez empresas que atuam legalmente em Portugal investiram 131,3 milhões nas apostas desportivas à cota e 608,7 milhões nos jogos de fortuna e azar. Ou seja, 740 milhões, divulgou na segunda-feira o Diário de Notícias.

Depois de pagar os prémios as empresas tiveram como receita bruta em cada um dos itens 24,8 e 22,6 milhões, respetivamente.

Os números agora conhecidos mostram uma tendência de subida quanto comparado com o período homólogo. No caso, das apostas relacionadas com o desporto houve uma subida de 30 milhões de euros e nos jogos de fortuna e azar esse aumento foi de 184,7 milhões.

Se essa comparação foi feita com os últimos três meses de 2018 mantém-se o aumento mas a um ritmo menor: nas apostas desportivas foi de 20 milhões e nos jogos de fortuna e azar foi de 32,3 milhões.

De acordo com o SRIJ, os 47,4 milhões de receita bruta obtidos pelas dez empresas – detentoras de sete licenças para a exploração de apostas desportivas à cota e nove para os jogos de fortuna e azar – é o valor mais elevado desde o primeiro trimestre de 2017.

Nestes primeiros três meses o Estado recebeu 14,4 milhões de euros em Imposto Especial de Jogo Online, mais 3,4 milhões que no período homólogo do ano passado.

marsmet473a / Flickr

No relatório divulgado no site do SRIJ é explicado que entre janeiro e março 318 mil jogadores fizeram pelo menos uma aposta, que cerca de oito mil pediram para serem excluídos – a legislação prevê que o apostador possa pedir à empresa onde se registou que o impeça de jogar durante determinado prazo – e que quatro mil terminaram esse período.

Quanto à caracterização das pessoas inscritas, a grande maioria tem entre os 25 e os 44 anos (61,9%) e que a percentagem de jogadores com idades entre os 18 e os 24 anos é de 25% do total.

Acrescenta este serviço dependente do Turismo de Portugal que 2/3 os novos registos são de apostadores com menos de 35 anos.

Em relação às modalidades que reúnem a preferência – no caso das apostas desportivas à cota – estas são o futebol (72,69%), basquetebol (11,5%) e o ténis (10,11%). No caso dos jogos de fortuna e azar as máquinas de jogo lideram as escolhas (63,51%), seguindo-se a roleta francesa (14,79%) e o póquer não bancado (8,89%).

O SRIJ divulgou também que notificou neste primeiro trimestre 49 operadores ilegais para encerrarem os seus serviços (ascendem a 387 os pedidos desde junho de 2015) e pediu para serem bloqueados 30 ISP’s (302 desde 2015). Quanto a participações feitas junto do Ministério Público desde que há legislação sobre as apostas online – Decreto-Lei 66/2015 – estão foram 13.

Jogos em sala a cair

O SRIJ publicou também o relatório sobre a atividade do jogo praticado em casinos e sala de máquinas. O documento mostra que as apostas territoriais geraram 75 milhões de receita bruta (após o pagamento de prémios) o que mostra uma redução de 7,7% face ao último trimestre de 2018 e uma quebra de 2% rem relação ao período homólogo.

A explicação estará na quebra em todos os jogo, merecendo destaque a contração no jogo bancado, não bancado e em máquinas automáticas.

Já o bingo fora dos casinos tem enfrentado algumas oscilações: este primeiro trimestre teve 13,8 milhões de receita bruta que compara com 14 milhões no último trimestre de 2018 e com 13,4 milhões do período homólogo do ano passado.

TP, ZAP //

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