Português tenta salvar golfinhos de água doce na Amazónia

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178 golfinhos de espécies em vias de extinção morreram, na Amazónia, devido às temperaturas elevadas e à seca que está a fazer baixar os níveis da água. Há um veterinário português envolvido nos trabalhos de salvamento das espécies ameaçadas.

A Amazónia está a ser fustigada pela – segundo especialistas – “maior seca da história”, na região.

Nalguns sítios, os rios secaram por completo e noutros a temperatura da água chega a ultrapassar os 40ºC.

Como consequência, já morreram 178 golfinhos de água doce.

De acordo com a organização não-governamental Sea Shepherd Brasil, o número de mortes de golfinhos na região do rio Tefé – um dos afluentes do Amazonas – chega a 155; a que se juntam mais 23, em Coari, “o que pode indicar que há golfinhos a morrer noutras partes do rio que ainda não estão a ser monitoradas”.

Através de uma publicação na rede social Facebook, a Sea Shepherd Brasil diz que “é possível relacionar estas mortes com a seca, baixos níveis da água nos lagos e temperaturas altamente elevadas”.

Estima-se que o Tefé tenha perdido 10% destes mamíferos e fêmeas, em grande parte – o que pode comprometer a continuidade da espécie, a longo prazo.

Gonçalo Marques é um médico veterinário português que está na região a ajudar a salvar os golfinhos.

À RTP,  o veterinário disse que, apesar de “ainda não haver diagnóstico definitivo”, tudo indica que a morte dos cetáceos tenha estado relacionada com hipertermia – aumento da temperatura acima do nível fisiológico.

“A partir do final de setembro, verificou-se um aumento drástico da temperatura das águas. Atingiram-se temperaturas perto dos 40ºC, associado a uma grande descida do nível das águas – que ainda não foi reposto”, lamentou Gonçalo Marques.

Não sabendo ainda quando vai terminar a sua missão na Amazónia, o veterinário português reclamou ajuda internacional.

Miguel Esteves, ZAP //

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