O Alentejo é a única região do país em que o crescimento do número de hóspedes não se refletiu.
A recuperação do turismo em Portugal foi confirmada pelos números do Instituto Nacional de Estatística conhecidos ontem e referentes a julho, com os alojamentos a registarem três milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas, o que corresponde a aumentos de 6,3% e 4,8%, isto em comparação com os números de julho de 2019 (ano de recordes para o setor do turismo e o último com o qual se podem estabelecer comparações).
De acordo os dados disponibilizados, o número de hóspedes estrangeiros aumentou 2,1% em julho deste ano face ao período homólogo de 2019, para 1,8 milhões, sendo que apenas os números de agosto de 2018 e em agosto e setembro de 2019 foram superiores. Neste período de análise, o mercado interno também subiu, com uma melhora de 14%, para 1,2 milhões de hóspedes.
Em termos geográficos, esta subida foi alavancada por melhorias nos quatro principais mercados em que o turismo português costuma ser bem sucedido: Reino Unido (com um crescimento de 5,7%), Espanha (5%), França (5,8%) e Alemanha (3,2%). Destaque ainda para o crescimento da Dinamarca (26,5%) e, sobretudo, para os países fora do continente europeu, como os Estados Unidos da América (32,2%).
O avião continua a ser o principal meio de transporte utilizado pelos turistas para chegar a Portugal, ainda que os números do último mês de julho sejam inferiores aos de 2019 (uma diferença de 1,9%).
Ainda de acordo com os mesmos dados do INE, o Alentejo é a única região do país em que o crescimento do número de hóspedes não se refletiu. Simultaneamente, o número de dormidas também cresceu 4,8% face a julho de 2019, para 8,6 milhões, tendo o mercado interno subido 15,8% e os mercados externos fixado o mesmo nível de 2019 – sendo o Algarve a exceção ao crescimento do número de dormidas.