Ao contrário de outros países, Portugal não vai suspender vacina da AstraZeneca

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Numa nota publicada esta quinta-feira à tarde, o Infarmed anunciou que Portugal não vai suspender a administração da vacina da AstraZeneca, como tem vindo a acontecer em vários países europeus, como medida de precaução.

A administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 foi suspensa em vários países europeus, depois de serem reportados casos de coagulação do sangue adversas, mas em Portugal o mesmo não vai acontecer.

“Os resultados preliminares sugerem não existir uma relação causal entre a administração desta vacina e estes eventos. Neste sentido, os benefícios da utilização da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca mantêm-se superiores ao risco, não havendo qualquer alteração às recomendações sobre a sua utilização”, explica o Infarmed, que justifica a decisão com a informação entretanto disponibilizada pela EMA (Agência Europeia de Medicamentos) sobre o tema.

Na Áustria, onde foram inicialmente detetadas as reações adversas em causa, o lote de vacinas foi retirado e a administração suspensa, medida que Estónia, Lituânia, Luxemburgo, Letónia, Dinamarca, Islândia e Itália, países que receberam vacinas do mesmo lote, entretanto replicaram.

A Noruega, que não terá recebido doses deste lote em concreto, distribuído a 17 países da União Europeia, anunciou também a suspensão temporária da administração da vacina.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) afirmou hoje que não existem provas, até ao momento, de um aumento de risco de coagulação sanguínea em pessoas vacinadas contra a covid-19.

“As informações disponíveis até ao momento indicam que o número de tromboembolias em pessoas vacinadas não é superior ao observado em toda a população”, referiu a EMA numa nota enviada à agência noticiosa France-Presse.

Também o Governo britânico garantiu que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca é “segura e eficaz”.

Neste sentido, o Reino Unido vai continuar a aplicar o seu programa nacional de vacinação, que inclui a vacina criada pela farmacêutica AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford, e a desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, afirmou um porta-voz oficial do primeiro-ministro Boris Johnson.

ZAP // Lusa

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