Portugal está entre os 10 países onde a diferença sócio-económica entre os alunos que frequentam o ensino público e o ensino privado é mais “impressionante”, de acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O relatório “Balancing School Choice and Equity“, cujas conclusões são divulgadas pelo Público, reflecte que Portugal está entre os países onde se nota maior “segregação” entre os alunos do sector privado e do sector público, no que ao estatuto sócio-económico diz respeito.
Isto significa que em Portugal, a larga maioria dos estudantes dos colégios privados pertencem a famílias ricas e que suportam grande parte das mensalidades.
Uma circunstância que se deve às políticas do Governo que acabou com a maior parte dos contratos de associação com as instituições privadas de ensino, como nota no Público o director-geral da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queirós de Melo.
“Do conjunto dos países da OCDE, Portugal tem uma das maiores proporções de alunos inscritos no ensino privado e que pagam por isso, ao contrário do que sucede em vários outros países onde este tipo de ensino é financiado em grande parte ou mesmo na totalidade pelo Estado”, aponta este responsável.
“Se compararmos a amostra de Portugal, onde o ensino particular é pago pelas famílias, com a de outros países em que este é financiado pelo Estado, é normal que na portuguesa apareça só gente rica ao contrário do que acontece nas outras”, acrescenta Rodrigo Queirós de Melo.
Os países onde as diferenças sócio-económicas são menos vincadas são Holanda, Finlândia, Reino Unido, Suécia e EUA.
Fui ver o relatório e, tal como eu suspeita (e ao contrário do que está na noticia!), há mais segregação económica entre escolas públicas e privadas, nos EUA do que em Portugal!!
É ver a linha azul na pagina 58.
De qualquer modo, acho muito bem que as escolas privadas sejam pagas pelos “utilizadores”!!