Portugal vai acolher 500 menores dos campos de refugiados da Grécia. Só a Alemanha receberá mais

Ghith Sy / EPA

Portugal vai acolher até 500 menores desacompanhados provenientes dos campos de refugiados da Grécia, ficando somente atrás da Alemanha no grupo de  11 membros da União Europeia que aceitaram receber os jovens e crianças.

Segundo noticiou o Expresso na quarta-feira, esta é uma das medidas de Bruxelas para apoiar a Grécia quanto ao fluxo migratório. No total serão realocados 2002 menores.

A França receberá 350, a Finlândia 100, a Bulgária 50, a Irlanda 36, a Bélgica 18, o Luxemburgo 12, a Croácia dez, a Eslovénia quatro e a Lituânia dois.

“As primeiras recolocações tiveram lugar em abril de 2020, tendo 12 crianças e adolescentes não acompanhados sido recolocados da Grécia no Luxemburgo e 47 na Alemanha”, informou a Comissão Europeia.

Entretanto, as operações foram suspensas temporariamente “devida às restrições ligadas ao coronavírus e de outros trabalhos preparatórios”, tendo sido retomadas a 17 de junho, quando oito jovens foram transferidos para a Irlanda.

Na terça-feira chegaram a Portugal 25 jovens e 24 à Finlândia. “As próximas operações deverão ter lugar dentro de algumas semanas, prevendo-se a recolocação de 18 jovens na Bélgica, 50 em França, 106 (incluindo irmãos e pais) na Alemanha, quatro na Eslovénia e dois na Lituânia”, informou a Comissão Europeia.

O programa de recolocação “mas abrange também as crianças com problemas de saúde graves e outras vulnerabilidades e os membros da sua família nuclear”. Neste caso, são consideradas as doenças “crónicas, incuráveis, que provocam deficiências e/ou incapacidades graves e/ou implicam custos de cuidados de saúde elevados”.

A Comissão Europeia presta apoio à Grécia e aos Estados-membros participantes e conta com o apoio do Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo (EASO), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Até junho estavam na Grécia cerca de 4.800 crianças e adolescentes não acompanhados, provenientes do Afeganistão, do Paquistão, da Síria, do Egito e do Bangladesh.

ZAP //

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