Ao contrário do que muitos pensavam, três pórticos da A25 continuam a funcionar. Isenção entre Esposende e Neiva não é suficiente na A28.
2025 trouxe o fim do pagamento de portagens em ex-SCUT.
Recordamos, outra vez, a lista: A13 e A13-1 (Pinhal Interior), A22 (Algarve), A25 (Beiras Litoral e Alta), A23 (Beira Interior), A4 (Transmontana e Túnel do Marão) A24 (Interior Norte) e A28 (entre Esposende-Antas e entre Neiva-Darque). Todas têm agora pórticos desactivados.
Mas a lista originou alguma confusão; e a aplicação das isenções confirmou a confusão – e a indignação. Sobretudo na A28 e na A25.
Começamos mais a norte, na A28. Os condutores deixaram de pagar ao passar por Neiva e Esposende; e o movimento Naturalmente…Não às Portagens na A28 ficou satisfeito com o fim do pagamento nesses dois pórticos.
Mas este movimento cívico vai continuar a reiterar o fim das portagens em toda a A28: “Para o nosso movimento o objetivo foi alcançado. No entanto, continuamos a reivindicar a eliminação de portagens em toda a A28 porque consideramos que foi uma injustiça total”, disse o porta-voz Jorge Passos.
“A A28 foi uma apropriação do Itinerário Complementar (IC1), construída nos anos de 1989/1991, do último governo do primeiro-ministro Cavaco Silva, paga com fundos comunitários. A aplicação de portagens constituiu um castigo e prejudicou severamente este território de Viana do Castelo e, todo o Alto Minho”, frisou.
Jorge acha que a Estrada Nacional (EN) 13 “não é de todo uma alternativa, como está comprovado”.
Já na A25, também há pontos que continuam a ser pagos: Esgueira-Aveiro Nascente, Estádio-Angeja e Angeja-Albergaria, incluídos na “Concessão Costa de Prata”. Ou seja, tudo mais perto do litoral.
O presidente da Câmara Municipal de Aveiro está contra e assegurou, ao Diário de Aveiro, que vai lutar para não haver portagens em nenhum local da A25.
O Bloco de Esquerda entregou nesta segunda-feira um projeto de lei para eliminar os três pórticos da A25 onde se continua a pagar.
Entretanto, surgiu uma petição pública que apela à eliminação imediata dessas portagens resistentes. Foi elaborada por residentes e trabalhadores na região da A25 e tem mais de 10 000 assinaturas até agora.
O documento salienta que a Lei n.º 37/2024, que prevê o fim das portagens, “estabelece de forma inequívoca a eliminação das portagens em toda a A25, sem exceções“.
Em causa estão 30 cêntimos ao passar por Esgueira – Aveiro Nascente, 45 cêntimos por Estádio – Angeja e 15 cêntimos por Angeja – Albergaria.
ZAP // Lusa