Há uma razão principal para nos cheirarmos: não passar “vergonhas” quando estamos com outras pessoas (e não incomodá-las, já agora).
Já reparou que, mais do que flores ou comida, provavelmente aquilo que cheiramos mais é… nós mesmos?
Há uma razão principal para nos cheirarmos: não passar “vergonhas” quando estamos com outras pessoas (e não incomodá-las, já agora).
Podemos ficar “marcados” pelo cheiro. Não por um cão, mas pelas pessoas que nos rodeiam: seja entre mais novos ou mais velhos, podemos passar a ser o “mal-cheiroso”, ou o “seboso”, ou “estás podre”. Para sempre.
O auto-cheiro é, na verdade, um comportamento comum. Queremos confirmar que não cheiramos a suor, por exemplo.
E há uma psicologia do auto-cheiro por detrás deste assunto meio esquisito.
Um estudo recente envolveu 209 voluntários, que responderam a um questionário online sobre auto-cheiro, higiene e nojo.
A análise destaca que o próprio odor corporal fornece pistas sobre o estado de saúde e higiene da pessoa em causa. E deixou 5 conclusões principais, partilhadas pelo portal Psychology Today.
A primeira é que, analisando o nosso corpo, as mãos são a parte do corpo que cheiramos mais vezes. Seguem-se axilas, cabelo, pés e hálito.
A peça de roupa mais cheirada são as t-shirts usadas. Percebe-se. Seguem-se calças usadas, meias e roupa interior.
Há três tipos principais de auto-cheiro: aceitação social (para evitar as reacções negativas dos outros, como já mencionámos), auto-cheiro íntimo (em momentos privados – e o umbigo costuma estar na lista) e o auto-cheiro cosmético (depois de colocar perfume, sobretudo).
A quarta conclusão não surpreende: a forma de nos cheiramos não é igual entre homens e mulheres. O auto-cheiro íntimo é mais frequente nos homens, o auto-cheiro cosmético é mais habitual entre mulheres.
Por fim, o estudo refere que pessoas com problemas de saúde cheiram-se mais frequentemente do que pessoas saudáveis. Aqui é reforçada a questão da aceitação social, compreensivelmente: as pessoas doentes cheiram-se mais vezes para ver se há alterações no “aroma” devido à doença.