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Porque é que a China não tentou um acordo nas tarifas?

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Thomas Peter / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente da China, Xi Jinping

Xi Jinping “está pronto para lutar” e não via desistir. Outros mercados aguardam pela China, e até a Europa pode querer reforçar acordos comerciais com a super-potência asiática que nunca se rende.

Ao contrário do resto do mundo, que tentou negociar com Donald Trump as tarifas impostas sobre os produtos exportados para os EUA, a China entrou no jogo. Esta sexta feira, aumentou para 125% as tarifas sobre os bens norte-americanos que entram em território chinês.

Stephen McDonell, corresponde da BBC na China revela a origem deste afrontamento do presidente chinês Xi Jinping, que não tem receio de perder o mercado americano.

O analista é até terminante: “Pequim não se vai render“. O porquê explica-se em duas palavras — não precisa.

“Trump tem-se gabado aos seus apoiantes de que seria fácil forçar a China a submeter-se simplesmente atacando o país com tarifas”, e esta semana anunciou que estas seriam de 125% no caso da China, um dos únicos países a quem não anunciou tréguas temporárias. Mas isso não é assim, garante o especialista.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, também já tem anunciado: “Somos chineses. Não temos medo de provocações. Não recuaremos”.

O economista Nick Marro diz à CNN que a rutura entre os dois países “é provavelmente a indicação mais forte que temos visto no sentido de uma forte dissociação“. Mas isto só é possível porque o país tem outras oportunidades de mercado.

Falamos não apenas de vizinhos asiáticos como a Malásia, o Vietname e o Camboja, que o presidente chinês irá visitar nos próximos dias, mas também de aliados improváveis como a África do Sul, a Arábia Saudita e a Índia, com quem já estão em curso conversações para um possível acordo comercial.

Para além disso, há uma aliança que pode sair reforçada da situação de guerra tarifária: China – União Europeia. De acordo com a BBC, está em estudo uma eliminação total das tarifas europeias sobre os automóveis chineses.

O conselheiro sénior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais dos EUA Scott Kennedy afirma que “as fraquezas (da China) são significativas, mas no contexto de uma guerra total, são controláveis. Os EUA não vão conseguir, por si sós, levar a economia chinesa à destruição“.

“Xi Jinping tem sido muito claro, desde há muito tempo, que espera que a China entre num período de luta prolongada com os Estados Unidos e os seus aliados, que a China precisa de se preparar para isso, e tem-no feito de forma bastante extensa”, diz também à CNN o analista económico Jacob Gunter. “Xi Jinping aceitou que o desafio está lançado e está pronto para lutar”.

Carolina Bastos Pereira, ZAP //

4 Comments

  1. Um bully só percebe a linguagem de outro bully. Espero que os chineses ensinem modos de se comportar ao bully cor de laranja.

    Mais lindo ainda seria se os chineses começassem a vender obrigações dos EUA e deitassem abaixo o sistema económico deles, é o que merece um país que vota num condenado por fraude e que levou 6 empresas à bancarrota.

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  2. A china morreu! Vai implodir! Ainda bem! Fora daqui! Estamos fartos de trafulhas, copiadores, ladroes, ditadores, comunistas, …todos os que estiverem contra a dignidade do ser humano! China fora da europa e JÁ!

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    • Não te esueças de toma o teu medicamento Ana, e fica quietinha, é a única forma de melhorar as tuas alucinações.

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