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Cientistas criam plantas bioluminescentes com genes de cogumelo

(dr) Planta / MRC London Institute of Medical Sciences

Cientistas desenvolveram plantas que brilham de forma sustentável durante todo o seu ciclo de vida com recurso a genes de um cogumelo bioluminescente.

De acordo com o site Science Alert, estas plantas bioluminescentes são uma melhoria das tentativas anteriores, pois são mais brilhantes, não precisam de ser alimentadas com químicos para manterem esta característica e a duração do brilho é também maior.

Os investigadores dizem que esta pode vir a ser não apenas uma nova forma de decoração, mas também uma nova maneira de explorar o funcionamento interno das plantas.

“No futuro, esta tecnologia poderá ser usada para visualizar atividades de diferentes hormonas no interior das plantas durante a sua vida útil em diferentes tecidos, de forma absolutamente não invasiva. Também pode ser usada para monitorizar as respostas das plantas a vários stresses e mudanças no ambiente, como secas ou ferimentos provocados por herbívoros”, explica ao jornal The Guardian Karen Sarkisyan, CEO da Planta, a startup responsável pelo trabalho, e investigador na Imperial College London.

Os investigadores, cujo estudo foi publicado na revista científica Nature Biotechnology, trabalharam com duas espécies de plantas de tabaco. E, ao contrário das tentativas anteriores, que usavam bactérias bioluminescentes ou ADN de pirilampos, estas plantas foram desenvolvidas recorrendo a quatro genes de um cogumelo bioluminescente chamado Neonothopanus nambi.

O resultado foram plantas que brilham com uma tonalidade esverdeada visível a olho nu, tanto “no escuro como à luz do dia”, afirma Sarkisyan. A equipa também descobriu que o local da luminescência mudava à medida que as plantas cresciam, geralmente diminuía à medida que as folhas envelheciam e aumentava nos locais onde as folhas eram danificadas.

No futuro, a equipa poderá inserir os genes dos fungos no ADN da planta, perto de genes que foram ativados por certas hormonas. “Deveremos conseguir ver a luz apenas nos tecidos onde a hormona está atualmente ativa”, explica o investigador ao jornal britânico.

ZAP //

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