PJ descarta abuso sexual na Queima das Fitas de Porto e Braga. Autores dos vídeos ainda por apurar

A Polícia Judiciária descartou o crime de abuso sexual nos dois casos, mas mantém a investigação aos crimes de de gravação ilícita e devassa da vida privadas.

Dois jovens envolvidos numa cena de sexo num autocarro da STCP, no Porto, e uma rapariga parcialmente desnuda nos festejos académicos em Braga, em maio são os casos que a Polícia Judiciária continua a investigar.

De acordo com o Jornal de Notícias, a PJ arquivou a investigação por abuso sexual do jovem estudante filmado envolvido com uma estudante no interior de um autocarro fretado durante a semana da Queima das Fitas, no Porto, em maio.

O crime de abuso de natureza sexual foi também descartado no caso da jovem seminua vítima de uma gravação ilícita e colocada a circular nas redes sociais, em Braga, também durante os festejos académicos do Enterro da Gata.

Neste segundo caso ocorrido em Braga, foi a própria vítima quem apresentou uma queixa formal à PJ. No entanto, e à semelhança do que aconteceu no Porto, as vítimas, maiores de idade, rejeitaram eventuais crimes de abuso sexual.

Em curso ficam agora as investigações para apurar os autores das gravações e circulação dos vídeos sem autorização dos visados, que incorrem nos crimes de gravação ilícita e devassa da vida privada.

Vários envolvidos já terão sido ouvidos, entre os quais as vítimas, mas até ao momento ninguém apontou quem terão sido os autores das filmagens, inquérito que poderá vir a ser arquivado.

No inquérito do Porto, as testemunhas alegaram “amnésia alcoólica” e garantiram ainda desconhecer a identidade do casal visado nas imagens.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior solicitou a abertura de um inquérito às duas situações por entender que violavam os direitos dos estudantes, mas desconhece-se o resultado das averiguações.

No caso do Porto, os acidentes relacionados com abusos e excessos de conduta sucedem-se ao longo dos anos, mas a Federação Académica do Porto (FAP), tem sistematicamente rejeitado responsabilidades relacionas com desmandos, tendo mesmo garantido, em maio, ao Expresso que os tradicionais festejos da Queima vão continuar.

Na altura, em declarações ao Expresso a STCP remeteu responsabilidades para a FAP que representa 26 associações de estudantes federados do universo público e Privado do Ensino Superior, dado o serviço de autocarros que circulavam entre o Queimódromo e a Trindade ter sido fretado e pago pela organização.

ZAP //

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