PIB cresceu mais do que o governo esperava em 2024 graças a consumo dos portugueses

1,9% face aos 1,8% previstos pelo governo. Economia acelerou no final do ano — e os responsáveis foram os portugueses, que fizeram crescer a procura interna.

A economia portuguesa cresceu 2,7% em termos homólogos e 1,5% em cadeia no último trimestre de 2024, registando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% no conjunto do ano, divulgou hoje o INE.

A estimativa rápida a 30 dias do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a totalidade do ano passado confirmam as projeções dos economistas consultados pela agência Lusa, que esperavam uma expansão homóloga do PIB entre 1,5% e 1,9%, e superam as do Governo, que, no Orçamento do Estado para 2025, projetou um crescimento da economia de 1,8%.

Já no que diz respeito aos números relativos ao último trimestre do ano, as estimativas dos economistas consultados pela Lusa variavam entre 1,2% e 2,1% em termos homólogos e 0,2% e 1% em cadeia.

O ministro das Finanças tinha já sinalizado em 15 de janeiro, na audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, que os números do quarto trimestre eram “significativamente bons, com aceleração económica”.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento anual deve-se à procura interna, que “apresentou um contributo positivo para a variação anual em volume do PIB, superior ao observado no ano anterior, refletindo a aceleração das despesas de consumo final, tendo o investimento desacelerado.”

“O contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB diminuiu no 4.º trimestre devido à redução do investimento, refletindo sobretudo o contributo negativo da variação de existências associado em grande medida ao comportamento dos fluxos de comércio internacional. Com efeito, as importações de bens e serviços registaram uma diminuição em cadeia no 4.º trimestre, conduzindo a um contributo positivo da procura externa líquida, após ter sido negativo nos dois trimestres anteriores”, aponta ainda o INE.

ZAP // Lusa

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