Pervez Musharraf, ex-Presidente paquistanês, condenado à morte

Um tribunal especial paquistanês condenou o general Perves Musharraf, antigo líder militar do país, a uma pena de morte, pelo crimes de “alta traição”.

“Pervez Musharrad foi considerado culpado de violação do Artigo 6.º da Constituição do país”, confimou um responsável governmantal da área da Justiça, Salman Nadeem. De acordo com o jornal paquistanês Express Tribune, o artigo em causa considera que qualquer pessoa que revogue, subverta, suspenda ou desobedeça” à Constituição será condenado por “alta traição”. De acordo com a BBC, a decisão teve dois votos a favor e um contra dentro do coletivo de juízes.

O processo do general Musharraf, atualmente a residir no Dubai, arrastava-se desde 2013. Em causa está o facto de este ter suspendido a Constituição do país em 2007, ao decretar o estado de emergência, numa tentativa de estender o seu mandato. Musharraf, que tomou o poder através de um golpe de Estado em 1999, foi Presidente de 2001 a 2008, data em que se demitiu para evitar ser alvo de um processo de destituição (impeachment).

Musharraf tem dito que o seu caso tem motivações políticas e que a decisão de decretar o estado de emergência em 2007 foi tomada em conjunto com o resto do governo do país. Na altura, justificou que a medida tinha como objetivo combater os militantes islâmicos no âmbito da luta antiterrorismo lançada pelos EUA após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Porém, de acordo com a Renascença, a sua verdadeira intenção era purgar o Supremo Tribunal, que se preparava para considerar ilegais as eleições presidenciais do mês anterior, que deram a vitória ao general.

Assim, o tribunal não aceitou as justificações do antigo Presidente.

ZAP //

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