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Perseguição recorde a mais de 360 milhões de cristãos

Contabilidade regista aumento de seis por cento. Há “opressão diária discreta” e “violência mais extrema”. Nigéria e Afeganistão destacam-se por maus motivos.

O problema não é recente mas atingiu valores nunca vistos, nos últimos tempos: o número de cristãos perseguidos por causa da sua fé.

O relatório da organização Portas Abertas foi apresentado nesta quarta-feira e o director Patrick Victor avisou: “A perseguição atingiu um nível recorde“.

No índice global anual, que tem em conta o período entre 1 de Outubro de 2020 e 30 de Setembro de 2021, lê-se que mais de 360 milhões de cristãos perseguidos ao longo desses 12 meses. Uma subida de quase seis por cento em relação ao índice anterior, que apresentava cerca de 340 milhões de cristãos perseguidos.

A noção de perseguição envolve “opressão diária discreta” e “violência mais extrema”, por exemplo. São incluídos na análise católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos, pentecostais, entre outros, de 76 países. “Todos foram fortemente perseguidos e discriminados”, lamenta Patrick.

Durante o mesmo período, quase seis mil (5.898) cristãos foram mortos – aumento homólogo de 24 por cento.

Em relação à distribuição geográfica destes números, não há muitas dúvidas: cerca de 80 por cento das pessoas cristãs mortas foram assassinadas na Nigéria.

Mas foi no Afeganistão que se registaram mais perseguições. O cenário no Afeganistão tende a piorar por causa da tomada do poder por parte dos talibãs: “Puseram as mãos em documentos que permitem a identificação de certos convertidos ao cristianismo e procuram-nos ativamente”.

“Os homens convertidos são mortos no local e as mulheres ou as meninas são violadas ou casadas à força com jovens talibãs”, avisou o responsável Guillaume Guennec.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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