Pérola natural com 2 mil anos encontrada na Austrália

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Universidade de Wollongong

A pérola foi encontrada pelos investigadores Brent Koppel e Kat Szabó, da Universidade de Wollongong, na Austrália

A pérola foi encontrada pelos investigadores Brent Koppel e Kat Szabó, da Universidade de Wollongong, na Austrália

Uma pérola natural, raríssima, com dois mil anos foi encontrada durante as escavações arqueológicas em curso numa zona aborígene do oeste da austrália.

“As pérolas naturais são muito raras e nunca tínhamos encontrado nenhuma antes na ilha-continente”, congratulou-se a arqueóloga especialista em estudos de conchas de moluscos Kat Szabo, da Universidade de Wollongong (UOW).

Descoberta na costa de Kimberley, no norte do estado da Austrália Ocidental, a pérola quase esférica e de matizes rosa e ouro tem uma dimensão de cinco milímetros de diâmetro.

Universidade de Wollongong

A pérola encontrada pelos investigadores da Universidade de Wollongong

A pérola encontrada pelos investigadores da Universidade de Wollongong

A sua idade foi determinada através de raios-X e por intermédio de comparações com pérolas cultivadas.

O achado foi feito num depósito de resíduos, e foi anunciado num artigo publicado pela Associação Australiana de Arqueologia.

As pérolas nunca ocuparam lugar de destaque nas culturas indígenas da Austrália Setentrional, mas as ostras, que produzem as pérolas, eram utilizadas no decurso dos rituais feitos para pedir chuva.

A pérola deverá ser exposta no museu marítimo de Perth, capital da Austrália Ocidental.

O laboratório suíço SSEF Gemmological Institute, sediado na Basileia, Suíça, domina desde 2013 o processo da extração de DNA de ostras, permitindo traçar as diversas origens das pérolas.

Esse processo foi desenvolvido por Michael Krzemnicki, do referido instituto, e Irka Hajdas, do Instituto Federal de Tecnologia suíço.

A metodologia consiste na datação por carbono-14, um isótopo radioativo, vai desaparecendo com o tempo, e, conhecendo-se o ritmo a que este o faz, pode calcular-se a idade do material orgânico em que está presente.

Michael Krzemnicki, diretor da SSEF, referiu que estes novos métodos de laboratório têm uma vantagem quando se trata de distinguir diferentes tipos de pérolas e para o futuro da documentação da história das pérolas.

A determinação da idade das pérolas permitirá melhorar a rastreabilidade na indústria e oferecer uma nova forma de documentar a origem, tanto das pérolas naturais, como das cultivadas.

/Lusa

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