Pequenas empresas são as que criam mais emprego

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As pequenas empresas são as que criam mais emprego representando 60% de novos postos de trabalho criados, informou hoje Teresa Lima, da empresa Informa D&B, no Encontro Nacional de Gabinetes de Saídas Profissionais, em Coimbra.

As jovens e as pequenas empresas “são as principais dinamizadoras da criação de emprego”, afirmou Teresa Lima, diretora de Estudos da empresa Informa D&B, durante o painel ‘Onde nasce o novo emprego?’, considerando que tal informação vai contra o mito de que “são as grandes empresas que criam novos empregos”.

A maioria do universo total de empresas portuguesas, cerca de 60%, mantém o número de empregados, sendo que cerca de 20% das empresas aumentaram ou reduziram os seus postos de trabalho.

As empresas de crescimento elevado – com um crescimento de 20% ao ano e que têm um mínimo de 10 trabalhadores -, apesar de representarem “menos de 1% das empresas”, a nível nacional, criam 10% de todos os empregos gerados num ano, segundo a base de dados da Informa D&B, que contém dados de todas as empresas registadas em Portugal.

Das empresas criadas em Portugal em 2011, por exemplo, 30% situam-se no setor dos serviços, na sua maioria, resultam da iniciativa de pessoas singulares, cerca de 46 mil, contra as 2.500 empresas criadas por entidades coletivas, referiu a mesma responsável.

Sobre Coimbra, Teresa Lima informou que há 716 mil entidades registadas no distrito, sendo 655 mil do setor privado, existindo 24 entidades ativas há mais de 100 anos.

Em 2013, nasceram 1.146 entidades no distrito, sendo este o 9.º em número de empresas, a nível nacional, representando 3,5% do tecido empresarial e 03% dos empregados de todo o país.

Durante a sessão de abertura do encontro nacional, que teve lugar no Pólo II da Universidade de Coimbra, Pedro Amaro, delegado regional do centro do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), afirmou que foram realizados 8 mil estágios, na região Centro, salientando que não conhece “uma medida tão boa para garantir a empregabilidade” como o estágio.

Pedro Amaro afirmou que o IEFP não resolve por si só “o problema do desemprego”, pretendendo ser um elemento “facilitador”, não querendo “complicar a vida das empresas, que são as que criam riqueza”.

“Todos são poucos para resolver o problema do desemprego”, disse, considerando ser fundamental “estabelecer parcerias”.

Também durante a sessão de abertura, Clara Almeida Santos, vice-reitora da Universidade de Coimbra, realçou alguns factos positivos que se observam em Portugal, como a aproximação de empresas às universidades, o aumento do número de empresas e a constituição de redes entre universidades.

/Lusa

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