Uma equipa de investigadores internacionais vai começar a analisar partículas cósmicas recolhidas de uma das pirâmides do Egipto, em busca de pistas sobre a forma como foram construídas estas estruturas com 4.600 anos.
Estas partículas radiográficas, que “chovem” da atmosfera terrestre, foram detectadas através de placas colocadas no interior da Pirâmide Inclinada, em Dahshur, nas imediações do Cairo.
Estão em causa partículas cósmicas que passam por espaços vazios, mas que podem ser absorvidas ou desviadas por superfícies duras.
Os investigadores acreditam que estudando a acumulação destas partículas vão ficar a saber mais sobre a construção das pirâmides.
“Sobre a construção das pirâmides, não há uma única teoria que esteja 100 por cento provada ou confirmada; são todas teorias ou hipóteses”, refere o vice-presidente do Instituto de Preservação do Património e Inovação do Egipto, Hany Helal, conforme cita a Associated Press.
“O que estamos a tentar fazer com a nova tecnologia é confirmar, mudar ou reactualizar as hipóteses que temos sobre a forma como as pirâmides foram construídas”, acrescenta este responsável.
Os testes com estas placas cósmicas devem começar dentro de um mês e os investigadores esperam que os resultados apurados, a par do desvendar do mistério dos pontos de calor na pirâmide de Keops, em Gizé, se juntem num puzzle final revelador.
“Mesmo que encontremos um vazio de um metro quadrado algures, trará novas questões e hipóteses e, talvez, ajude a resolver as perguntas definitivas”, salienta o presidente do Instituto de Preservação do Património e Inovação do Egipto, Mehdi Tayoubi, também em declarações divulgadas pela Associated Press.
ZAP